Pedro Henrique Jonas

 

Bombeiros tentam controlar chamas que se alastram por Pitangui há 10 dias (Foto: Vicente Oliveira/Reprodução Facebook)

Bombeiros tentam controlar chamas que se alastram por Pitangui há 10 dias (Foto: Vicente Oliveira/Reprodução Facebook)

Estiagem e clima seco são os fatores principais para a proliferação das queimadas que observamos com frequência durante os últimos dias por toda a região. Os meses de julho, agosto e setembro são considerados o ápice do período de seca em Minas Gerais, o que contribui para que os incêndios em vegetação ocorram com mais frequência.

 

A estiagem pela qual estamos passando faz com que o clima fique seco e a umidade da vegetação diminua, tornando-a mais propicia para o alastramento do fogo. Segundo informações do Tenente Kroehling, do Corpo de Bombeiros de Divinópolis, a vegetação seca facilita a propagação das chamas, pois constitui melhor combustível para o fogo.

 

Ainda de acordo com o tenente, as queimadas também são frequentes em lotes vagos, onde a vegetação também está seca.

 

“Quanto maior o período sem chuvas, mais a vegetação perde a umidade, sem reposição a vegetação vai ficando cada vez menos “verde”.

 

Em Divinópolis e na região Centro-Oeste foram atendidas, na última semana, 39 ocorrências somente pelo 10º BBM de Divinópolis, cerca de cinco ocorrências diárias. Houve um aumento significativo no número de queimadas na região. No mesmo período do ano passado até hoje o número subiu em torno de 58%

 

O Tenente Kroehling afirma que as queimadas em vegetação são difíceis de controlar, pois geralmente não há nenhum hidrante por perto.

 

“Nos incêndios em vegetação, nem sempre é possível utilizar a água, em virtude da maioria das vezes o caminhão não chegar aos locais onde estão os focos. Nesse caso, combatemos com bombas costais com água, para retirar o calor e permitir a aproximação, e abafamos as chamas com os abafadores”.

 

Já nos incêndios em lotes vagos e residenciais, o caminhão utiliza água dos hidrantes que não é potável, e utiliza espuma para combater incêndios por líquidos inflamáveis, como gasolina e álcool.

 

Responsabilidade social

 

Atear fogo em matas é crime e de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (lei Federal nº 6.905/98) a pessoa que for pega colocando fogo nesses locais são sujeitas a pagamento de multas; suspensão de linhas de financiamento do Estado, possibilidade e prisão e também obrigação de reparar o dano causado.

 

Em Itaúna, um homem foi preso em flagrante colocando fogo em uma mata, às margens da MG-050 e responderá por crime ambiental. A multa para quem for flagrado cometendo esse tipo de ilegalidade varia de R$ 582 a R$ 2 mil.

 

Para evitar utilizar do fogo para limpeza de terrenos, o Corpo de Bombeiros aconselha fazer a limpeza dos lotes urbanos, eliminando a vegetação alta de acordo com o código de posturas do município e nas áreas rurais, retirar a vegetação por meio da capina.