Vladimir reafirmou que o município não tem dinheiro para o reajuste (Foto: Amanda Quintiliano)

 

A manifestação dos servidores municipais de Divinópolis provocou reação do prefeito Vladimir Azevedo (PSDB). Em um áudio encaminhado à imprensa o tucano disse que quer garantir o pagamento em dia da categoria. Enfatizou mais uma vez que o município não tem condições de arcar com a reposição da inflação.

O prefeito voltou a mencionar a crise nacional. Disse que Divinópolis e o Brasil vivem um momento ímpar que pede prudência. Afirmou ainda que a decisão visa evitar o escalonamento do pagamento ou até mesmo atrasos como ocorreu com o Governo de Minas e do Rio de Janeiro.

Os servidores fizeram uma caminhada pelas principais ruas da cidade (Foto: Amanda Quintiliano)

Os servidores fizeram uma caminhada pelas principais ruas da cidade (Foto: Amanda Quintiliano)

“A gente precisa somar força, para fortalecer o município, o serviço público e garantir o pagamento em dia. Esta é a premissa maior, pagando em dia, sem escalonamento e entendendo que tudo o que fizemos até aqui significou um aumento de quase o dobro da inflação na folha de pagamento”, afirmou o prefeito.

Já em nota, o prefeito disse “que a intenção seria manter a rotina de ajustes nos salários dos servidores que vem sendo praticada, mas a saúde financeira da Prefeitura impede esta ação neste momento”.

Em sete anos, segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, a folha de pagamento teve um crescimento de 112,75%, enquanto a inflação acumulada deste período foi de 64,48%. Se descontada a inflação no período, os servidores municipais tiveram um superávit de 48.27%, conforme informação pela assessoria.

Queda da receita

Vladimir reafirmou que o município não tem dinheiro para o reajuste (Foto: Amanda Quintiliano)

Vladimir reafirmou que o município não tem dinheiro para o reajuste (Foto: Amanda Quintiliano)

Para justificar a suspensão do reajuste, o prefeito mencionou a queda receita. Em sete anos, o município teria deixado de arrecadar R$ 200 milhões. Outro fator que, segundo Vladimir, deixa a economia fragilizada é o calote do Governo Federal.

“No que se refere ao custeio da UPA Padre Roberto, ele deve R$ 4 milhões. O CAPS AD que foi criado para atender dependentes químicos também não recebeu os repasses devidos da União para o seu funcionamento, que acumula cerca de R$ 1, 5 milhão”, consta na nota.

Paralisação

Os servidores ficarão na porta da Prefeitura até o final do dia e a greve está prevista para começar na próxima segunda-feira (28).