Vereadores agendaram o encontro para cobrar da promotoria medida que force a Copasa a cumprir o decreto legislativo
Marcelo Lopes
A novela envolvendo a Câmara de Divinópolis e a Copasa está longe de chegar ao final. Os vereadores terão agora, no dia 29 de junho, às 15h, uma reunião no Ministério Público (MPMG).
A ocasião terá a finalidade de buscar uma maneira efetiva de suspender a cobrança da taxa de esgoto feita pela companhia, que disse que irá mantê-la, mesmo após a aprovação do decreto legislativo 002/2018.
“Agora nós vamos encaminhar ao Ministério Público com todos os vereadores, todas as cópias de documentos, com provas cabais, materiais e testemunhais das irregularidades que foram encontradas durante a CPI da Copasa e não apenas isso, vamos também entregar em mãos o decreto legislativo que foi promulgado pelo presidente desta casa e está também no diário oficial, para que o MP possa representar os interesses de Divinópolis”, disse o vereador Sargento Élton (PEN).
Segundo Élton, pelas infrações apresentadas, existem muitas coisas plausíveis e abusivas. O edil acredita que através dessa reunião, medidas serão tomadas.
“Conhecendo o Ministério Público, que é um órgão de confiança e representa a sociedade e vendo todos esses abusos do contrato, tenho certeza que há grandes chances de sairmos de Divinópolis nesta ação”, finalizou.
De acordo com Roger Viegas (PROS), as providências nas quais o Legislativo tinha que tomar, já foram feitas e que no momento, cabe ao MP ver se irá barrar ou não as cobranças.
“O parecer agora é com a Justiça e o MP. Por nós, esta taxa não estaria mais sendo cobrada e esta casa chegou ao limite daquilo que poderia fazer. Nós estamos seguros do trabalho que foi feito aqui, que foi totalmente amparado por profissionais de um alto gabarito e qualidade, tivemos todo um respaldo e aqui o trabalho termina”, relatou o parlamentar.
Equívoco
Adair Otaviano (MDB), presidente da casa, também tocou no assunto. Em pronunciamento nesta quinta (21). o parlamentar relatou que o posicionamento da companhia em relação a continuidade das cobranças foi um equívoco, devido ao decreto aprovado no Legislativo.
“Nós achamos que a Copasa deveria sim acatar e deixar de fazer essa cobrança, mas nós sabemos que ela não irá fazer isso. É muito bom você receber sem efetivar o serviço, no caso do esgoto, que ainda não está sendo tratado. Mas, nós mostramos que estamos manifestando ao MP e somente eles podem entrar com uma ação civil pública e também aos sindicatos e associações”, comentou Adair.
O edil finalizou dizendo que os vereadores irão buscar uma forma para que esta ação seja feita e assim, mostrar, segundo ele, que a Copasa está errada.
“Iremos brigar, junto com os divinopolitanos para que esta taxa seja suspensa. E o dia que ela for cobrada novamente, que seja com todo o esgoto efetivamente tratado”, concluiu.