São Sebastião do Oeste: após morte, família acusa sistema de saúde de negligência médica
Pronto Atendimento (PA) de São Sebastião do Oeste. | Foto: Portal Gerais

A paciente passou mal durante a madrugada e deu entrada na unidade pela manhã; PM esteve no local

Uma mulher morreu nesta sexta-feira (5/7) durante atendimento no Pronto Atendimento (PA) de São Sebastião do Oeste. O caso gerou revolta em familiares, e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada pelas equipes que atuavam na unidade médica.

Conforme as primeiras informações apuradas pela reportagem do PORTAL GERAIS, a paciente passou por uma cirurgia recente. Na madrugada, ela sentiu-se mal e procurou o PA logo pela manhã de hoje. Lá, enquanto era atendida, o quadro se agravou e ela teria sofrido uma parada cardiorrespiratória.

Ocorrência

Familiares ficaram revoltados e apontaram negligência no atendimento, conforme pessoas próximas à família. A equipe do PA acionou a Polícia Militar para dar suporte, alegando que os familiares estavam “exaltados”.

Ainda de acordo com a polícia, a paciente deu entrada nesta manhã porque teria passado mal na madrugada. A equipe do PA teria alegado ainda que ela possuía comorbidades.

“Logo após iniciar o atendimento, a senhora morreu”, informou a PM.

Conforme informações recebidas da unidade de saúde pela PM, a equipe realizou todos os procedimentos e recursos possíveis no atendimento médico.

O perito da Polícia Civil esteve no local e realizou os trabalhos de praxe. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Formiga para demais providências.

A reportagem do PORTAL GERAIS não conseguiu contato com representantes do PA até a publicação desta matéria.

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Outra morte no PA de São Sebastião do Oeste

No dia 21 de março deste ano, a morte de uma paciente também repercutiu na cidade, causando indignação. A família alega negligência e pede justiça. Marcilene Maria Ribeiro, conforme familiares, recebeu diagnóstico de dengue.

No mês passado, o advogado da família, Caio Martins, usou a tribuna livre da câmara pedindo a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar evidências de irregularidades na saúde. Dentre elas, conforme ele, uma possível sobrecarga dos médicos com plantões de 48 horas.