Amanda Quintiliano
Foram realizadas 10 reuniões em dois meses no ano passado e várias ao longo deste ano (Foto: Divulgação)
Um estudo encomendado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg – regional Centro-Oeste) coloca o Rio Itapecerica como a maior preocupação da população de Divinópolis, desbancando saúde e educação. A pesquisa foi realizada entre agosto e setembro do ano passado pela Herkenhoff e Prates e agora caminha para ser executada. A mesma empresa deverá colocar em prática as oito ações previstas no levantamento. Mas, ainda não há nenhum contrato assinado.
Foram 10 reuniões realizadas entre os profissionais do instituto e representantes de vários setores da cidade. Participaram da elaboração do “Plano de Futuro para Divinópolis”, empresários, líderes comunitários, sindicatos e representantes de instituições educacionais. Todos os tópicos que também passaram por saúde, educação, desenvolvimento econômico, giraram em torno de um tema central: a revitalização do Rio Itapecerica.
A despoluição do rio, além do tratamento de água e esgoto, mais responsabilidade social e sustentável de empresas, coleta seletiva mais eficiente, e a implantação de uma usina de tratamento de lixos, são os ideais a serem conquistados pelo município. Todos foram apontados pelas 50 pessoas participantes e também como base em dados técnicos.
Medidas
Além de ser um corpo receptor de esgoto o rio se transformou em um tapete verde (Foto: Rodrigo Dias/PMD)
De acordo com a pesquisa, “o cenário reforça as demandas por infraestrutura básica, cumprimento do contrato entre a prefeitura e a Copasa e conscientização da população”. Para se a chegar a revitalização foram apontadas oito ações que envolvem a população.
A primeira delas é a elaboração e manutenção de uma plataforma cidadã para envolvimento e mobilização da população; a segunda prevê uma pesquisa de ações e projetos socioambientais; a terceira uma pesquisa com a população ribeirinha para identificar o perfil e conhecimento sobre as práticas de sustentabilidade; a quarta é uma pesquisa e divulgação das boas práticas de sustentabilidade; a quinta é a apresentação do cronograma do contrato da Copasa para a população acompanhar; a sexta e sétima tratam de eventos e campanhas educativas e a oitava sobre a permanência do grupo com encontros mensais.
[su_pullquote]”O Itapecerica é responsável por 84,6% da produção de água de Divinópolis, apesar de, na contramão, ser o corpo receptor de esgoto. Todos os dias 43 mil metros cúbicos de esgoto são depositados nele. 87,7% dos domicílios estão ligados à rede geral de esgoto sanitário, 0,7% despejam diretamente no rio ou em alguma lagoa. Já 3,2% das casas da cidade usam fossas sépticas” [/su_pullquote]
Execução
Um cronograma de encontros foi estabelecido pelo estudo, mas ainda não há uma previsão para execução das ações. O presidente da Fiemg, Afonso Gonzaga disse que a ideia é “fortalecer as ações e torna-las aplicáveis”, no entanto, ainda não foi fechado um novo contrato para tal.
A ideia é fazer com que a cidade e também Itaúna e Cláudio – principais polos de fundição – tornem-se mais sustentáveis e aptas para novos investimentos e empreendimentos.
Todas as ações previstas focam mais o lado da conscientização da população, paralelo a execução do contrato da Copasa e outros investimentos previstos para recuperação do rio.
