Amanda Quintiliano

 

O vereador Rodyson Kristnamurti (PSDB) foi indiciado pelo crime de lesão corporal doméstica. O inquérito foi concluído nesta sexta-feira (14) pela delegada responsável, Maria Gorete Rios. Apesar de estar de férias, ela já encaminhou o documento para a Terceira Vara Criminal.

 

A partir de agora, o promotor responsável, terá cerca de 10 dias para oferecer a denúncia. De acordo com a delegada, foram levadas em consideração as provas testemunhais de que o parlamentar teria agredido a ex-noiva dele. O caso ocorreu no dia 17 de fevereiro quando ela o flagrou com a amante na casa deles.

 

Em depoimento, ela alegou ter sido chutada e derrubada em um monte de britas. No dia do registro de boletim de ocorrência, ela estava com marcas. O resultado do exame de corpo de delito também foi levado em consideração para basear a decisão de Maria Gorete.

 

“Há fortes indícios do crime e também provas testemunhais”, reforça e acrescenta: “a pena para esse tipo de crime pode variar de três meses a três anos de prisão”.

 

Pronunciamento

 

A pedra já havia sido cantada pelo vereador Marcos Vinícius (PSC) na reunião da Câmara desta quinta-feira (13). Apesar de ele ter afirmado que o inquérito havia sido concluído, no dia nenhum delegado confirmou. O vereador foi o primeiro e único a se pronunciar, oficialmente, em plenário, sobre o fato envolvendo o parlamentar.

 

“A nossa manifestação não foi de forma institucional, não me pronunciei representando a Câmara Municipal e nem o bloco parlamentar a qual integro. A minha manifestação veio em meu nome próprio, porque muitas pessoas ficam angustiadas acompanhando esse episódio. Não estamos emitindo juízo de valores, apenas repassando informações públicas, legais, processuais, sobre o andamento das investigações”, comentou.

 

Marcos Vinícius afirmou que a Câmara deve esperar a manifestação do Ministério Público e do juiz criminal e as decisões de recursos para tomar alguma medida.

 

“Vamos aguardar a manifestação do Ministério Público e também do juiz criminal a respeito desse episódio […] Temos que aguardar o devido processo legal, respeitar o princípio da ampla defesa, do contraditório, para depois, se houver condenação ou não, aguardar o recurso de apelação que certamente deverá ter no Tribunal de Justiça, a câmara se manifestar, provocada que será, através da Comissão de Ética, vereadores ou partidos políticos”, disse.

 

Defesa

 

Em depoimento, o vereador negou a agressão e disse apenas que tentou conter a ex-noiva e que os dois teriam caído juntos no monte de britas e se machucado. O tucano também apresentava marcas de ferimentos.