A greve dos servidores municipais ganhou nesta quinta-feira (27) o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Gonçalo do Pará. No horário de 8h às 10h, vários comerciantes fecharam seus estabelecimentos, expressando apoio a greve dos trabalhadores municipais, que sofrem a quase três meses com o não pagamento de salários.
A CDL garantiu apoio ao Sintram e servidores até a solução do problema, afirmando que essa causa é também dos comerciantes que estão vivendo a queda nas vendas e inadimplência. Uma grande passeata foi acertada hoje (27) durante reunião entre o Sintram e CDL, sendo que a mesma será realizada amanhã (28), com concentração a partir das 19h30, na porta da Prefeitura. A CDL não participará dela, dará apoio por meio de faixa e comunicado à população
Transparência
Denis Pereira participou de uma reunião com o presidente da Câmara, Waldech Melo. Segundo ele, alguns dados apresentados mostram “falta transparência na Prefeitura”. O empresário afirma que a última prestação de contas disponível no portal da transparência do município é de outubro de 2014. Cita ainda que se a dotação para pagamento dos servidores para 2015 estava prevista em mais de R$12 milhões e foram pagas somente cinco folhas aos servidores (R$ 5 milhões), faltam R$7 milhões que podem ser lançadas como folha de pagamento.
“Se ele (prefeito) está negando falta de dotação e não de pagamento, então tem alguma coisa errada, algo que não está claro. O que queremos é transparência”, declarou o comerciante.
O empresário Denis disse ainda que solicitou o relatório de execução orçamentária e o balanço financeiro, ambos atualizados e assinados pelo prefeito e contador responsável pelas informações.
Alerta vermelho
O empresário afirma que a falta de pagamento dos servidores está afetando a economia da cidade.
“Se a folha de pagamento é cerca de R$1 milhão, então foram R$3 milhões que deixaram de circular no município. Ou seja, é um valor muito significativo para uma cidade com 13 mil habitantes”, declarou.
Denis comentou ainda que existem associados da instituição que já estão no alerta vermelho.
“Não vão conseguir continuar da forma que está porque o comércio está praticamente parado”, declarou.