A denúncia contra o ex-vice-prefeito, Francisco Martins voltou a tomar conta da Câmara de Divinópolis nesta terça-feira (24). Os vereadores Adair Otaviano (PMDB) e Anderson Saleme (PR) rebateram as afirmações de Martins que declarou, na última segunda-feira (23), estar sendo vítima de perseguição por uma quadrilha organizada. Em entrevista ao Bom Dia Divinópolis, ele chegou a citar várias vezes os nomes dos parlamentares e Marcelo Máximo, conhecido como Marreco.
Durante pronunciamento, Saleme disse ter estranhado a reação causada pela denúncia contra Martins. A suspeita, segundo o parlamentar, é de ele ter agido de má-fé para se beneficiar da dação de um imóvel de 240 mil metros quadrados em Divinópolis quando ainda era vice-prefeito. Na época da dação, o Centro Tecnológico de Confecção pertencia a 16 empresários, menos de um ano depois, o número caiu para nove e Francisco Martins passou a ser sócio-administrador.
“Recebemos com estranheza a reação da polêmica causada pela denúncia que fizemos aqui apoiada em documentos, apoiada em uma séria de fatos esquisitos, duvidosos. Hora nenhuma levantamos o nome dos empresários. É uma questão que causou muita estranheza o ex-prefeito assumir um cargo de diretor da empresa”, disse, reafirmando que a denúncia deve ser investigada.
Saleme ainda rebateu as afirmações de Martins feitas em uma rádio local. Ele disse que está sendo “vítima de uma quadrilha organizada” para difamá-lo “organizada pelo senhor Marcelo Máximo”. Marcelo, conhecido como Marreco, foi quem levou a documentação para os vereadores.
“Se o Marreco é o chefe da quadrilha e eu e o vereador Adair somos membros dessa quadrilha, nas palavras do ex-prefeito, e pessoa que respeito Francisco Martins, vamos aguardar o desdobramento disso, para a Justiça apontar quem é o chefe e os membros”, afirmou.
O pronunciamento de Adair seguiu a mesma linha. Segundo ele, o vereador tem o “compromisso e juramento de legislar, fiscalizar e trazer todas as denúncias que chegarem” ao gabinete deles, “respeitando qualquer cidadão que os procure”.
“Depois de lermos a denúncia que ele protocolou no Ministério Público achamos que era séria e por isso trouxemos a público. Não acusamos ninguém, não temos poder de acusar ou condenar alguém. O que fizemos foi trazer a denúncia a público e pedir que o MP averigue se tem fundamento.”, afirmou e acrescentou: “Não coloquei a idoneidade de nenhum empresário e do ex-vice-prefeito em jogo”.
Adair ainda disse que enviará a gravação da entrevista para o advogado dele.
“Estou enviando a gravação para meu advogado para ele avaliar para saber o que ele quis dizer com quadrilha”.