O programa conta com retaguarda do Samu (Foto: Divulgação)

 

Quase nove meses após a implantação, 70 mil ocorrências foram realizadas; Trotes representam 25% dos telefonemas

Marcelo Lopes

Chegando a nove meses após a implantação na região Centro-Oeste, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou o primeiro encontro regional na manhã desta quarta-feira (21), em Divinópolis. Na ocasião, foram debatidos com o público presente, dentre eles gestores municipais, o levantamento dos serviços prestados desde o início das atividades.

De 06 de junho do ano passado (data na qual os atendimentos foram iniciados), até o dia 20 de março, 170.028 ligações foram registradas. No número de ocorrências, mais de 70 mil foram realizadas e 28.072 saídas de ambulâncias foram contabilizadas, dando assistência a população, em transferências pré e intra hospitalares.

“Todo serviço novo gera, às vezes, um tipo de desconforto e nem sempre a gente acerta, mas estamos aqui para corrigir sempre os rumos. É importante isso, a nossa vontade de acertar e fazer a coisa correta. O Samu já é reconhecido pela população do Centro-Oeste​ mineiro e tem feito a diferença salvando a vida das pessoas”, diz José Márcio Zanardi, diretor executivo regional.

Novidade

Formado por 54 municípios, o consórcio CIS-URG OESTE é responsável por gerenciar os serviços de Urgência e Emergência da Região Ampliada de Saúde Oeste de Minas Gerais. O serviço conta com 31 ambulâncias, sendo dentre os veículos três reservas, distribuídas em 24 bases descentralizadas. A frota é composta de 7 USAs (Unidade de Suporte Avançado) e 24 USBs (Unidade de Suporte Básico).

Nesta manhã, foi anunciada uma novidade. Nas USAs, serão implantados equipamentos móveis de ultrassom, que já estão a serviço dos profissionais, que irão passar por capacitação para realizar o manuseio das máquinas. A previsão para que o equipamento esteja em uso é para o mês de abril.

“Existem vários hospitais no qual damos assistência, que não tem essas máquinas. Acredito que irá ser muito melhor e salvaremos mais vidas”, diz o presidente do consórcio e prefeito de Luz, Ailton Duarte (PSB).

Dificuldades

Durante o período de implantação, também existiram dificuldades, dentre elas, o número de trotes. Entre os mais de 170 mil telefonemas, este tipo de irregularidade representa 25% do número registrado. De acordo com José Márcio, a situação sobre o assunto tem melhorado em 2018, mas não é um levantamento significativo.

“Claro que todo trote gera um desconforto. É ruim para o serviço, são gastos de recursos públicos desnecessários, mesmo quando não existe saída de ambulância quando há um trote, a ligação fica por conta do serviço público, quem paga a conta é a própria população. Continuamos pedindo às pessoas, que colaborem e assim temos feito. Na medida em que as pessoas reconhecem o serviço como algo de excelência e eficiente, isso se torna mais difícil de nos ligarem para passarem trotes”, finaliza.