Amanda Quintiliano
O primeira etapa da Sala Vermelha do Hospital São João de Deus foi concluída. O espaço foi apresentado nesta terça-feira (02) à imprensa e será inaugurado, oficialmente, no dia 15 de maio. A implantação do setor era uma das exigências para o funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel à Urgência (Samu).
A Sala Vermelha está dividida em três etapas. A primeira já conta com a disponibilização de quatro camas para o Serviço Único de Saúde (Sus) e outra para convênio e particular. Com isso, o São João de Deus passa a ser porta de entrada para casos de urgência e emergência regulamentados pelo Samu.
Isso significa que para ter acesso à Sala Vermelha o paciente precisa dar entrada por meio de uma ambulância do Samu.
“O paciente que for atendido pelo Samu ele irá entrar numa central de regulação e ele poderá ser direcionado para a UPA, para o São João de Deus ou para outros hospitais que fazem parte da rede. O fato é, o paciente só entra na sala vermelha quando ele for regulado pela central de urgência”, explica o diretor técnico no hospital, Eduardo.
Como ainda não há definida a data de funcionamento do Samu, até que ele comece a operar, o hospital irá receber apenas pacientes regulamentados pelo Estado, ou seja, ele precisa ter o devido encaminhado para ser admitido na Sala Vermelha.
Especialidades
Nesta primeira etapa já estarão disponíveis oito especialidades médicas com plantões de 24 horas: pediatria, clínica médica, cirurgia geral, anestesia, ortopedia, cardiologia, neurocirurgia e urologia.
“Temos também plantões alcançáveis que são aqueles especialistas que a gente não precisa dele a todo momento no hospital, mas quando precisarmos é só chamar”, explica o Secretário Executivo, Lucas Lamounier.
As outras duas etapas ainda serão concluídas. Uma com previsão para o dia 5 de junho com a implantação de todo o pronto atendimento e a outra no dia 06 de julho.
Custeio
Para o custeio da Sala Vermelha o hospital recebe desde dezembro do ano passado R$ 400 mil. O valor é suficiente apenas para pagar a equipe médica. As demais despesas como, enfermagem, medicamentos e insumos são arcados pelo caixa do hospital.
A expectativa da superintendente, Elis Regina é que outros serviços compensem o investimento, por exemplo a partir da ampliação de cirurgias de alta complexidade.
Samu
Para completar a rede de urgência da macrorregião Oeste o Estado precisa apenas assinar o contrato para início da operação do Samu. Uma reunião está agendada para esta quarta-feira (03) na Secretaria de Estado de Saúde (Ses).
O serviço demandará R$ 2,8 milhões ao mês, sendo que R$ 500 mil serão custeados pelos próprios municípios. Uma vistoria foi feita nas últimas semanas em todas as bases comprovando que estão aptas a funcionar.