Amanda Quintiliano
Todas as escolas municipais aderiram à paralisação dos servidores de Divinópolis. Na saúde o serviço ficou comprometido em 70%. Apenas a Unidade de Pronto Atendimento (UPA-Central) não foi atingida. Nos postos de saúde ficaram apenas os contratados. Neste momento cerca de 200 pessoas estão na porta da Prefeitura pedindo reajuste salarial.
Uma comissão foi formada por representantes do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Municipal do Município de Divinópolis (Sintemmd) para tentar falar diretamente com o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB). Eles ocuparam o quarto andar e aguardam pela reunião.
“Desde 2013 que nos temos insistindo numa mesa de negociação colocando nossas reivindicações, mas até então não fomos ouvidos pelo Executivo. Normalmente quem nos recebe são os secretários e, na última assembleia que realizamos, a categoria entendeu que devemos falar com o chefe do executivo”, disse o presidente do Sintram, João Madeira.
O secretário de governo, Honor Caldas já se propôs em receber a comissão. Entretanto, os servidores se recusam a iniciar uma nova rodada de negociação sem a presença do prefeito.
“O prefeito vai para a mídia e fala que está aberto à negociação, que respeita e valoriza. Mas, é nesse momento que estamos vendo essa falta de respeito, de diálogo, de abertura com o prefeito. Ele não está presente e não queremos falar com os assessores. Sem a presença dele não temos o que negociar […] Se ele não comparecer vamos levar para a assembleia e ela vai definir seja por uma nova paralisação, greve”, afirma a diretora do Sintemmd, Lili Cortez.
“É um movimento pacífico legal e mais uma vez o governo demonstra descaso com a categoria no momento que não nos recebe, sendo que isso foi oficializado, planejado”, completa o servidor Darly Salvador.
Reajuste
Nesta quarta-feira (26) o prefeito anunciou o pagamento do gatilho salarial, com reposição de 5,56% para todos que
recebem acima do piso de um salário mínimo e meio. Os servidores reivindicam reajuste além do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC). Até o momento, os sindicatos não divulgaram qual seria o percentual de aumento defendido pela categoria.
Eles também querem a revisão do tíquete alimentação e a retirada do projeto EM 056/2013 que prevê a extinção do cargo de auxiliar de serviços da pauta. Ainda hoje, os servidores devem se concentrar, às 13h, na porta da prefeitura e saírem em caminhada até a Câmara para participarem da reunião. Já às 16h será realizada uma nova assembleia para definirem os próximos passos do movimento.
Prefeitura
Os secretários municipais estão reunidos neste momento e irão receber a comissão, conforme antecipou a assessoria de comunicação da Prefeitura.