Eduardo Print Jr. afirmou que a cidade já atingiu o índice que a classifica na Onda Verde; Estado quer que seja cumprindo outros 28 dias para avançar
Membro do Comitê de Enfrentamento ao Covid-19, o vereador Eduardo Print Júnior (PSDB) explicou como serão os procedimentos a partir da adesão do município ao programa Minas Consciente, desenvolvido pela Governo Estadual junto à Secretaria Estadual de Saúde.
Desde o início da pandemia, Divinópolis seguiu uma matriz própria, que permitiu a flexibilização do comércio durante todo esse tempo, com diversos setores abertos. Apesar das várias restrições e horário reduzido, segundo o parlamentar, o município conseguiu minimizar o impacto da pandemia na economia local, aliada aos planos de contenção do avanço do vírus e o consequente controle de ocupação dos leitos da cidade, que atende uma região de aproximadamente 50 municípios.
Ainda segundo o vereador, essas medidas tomadas garantiram um índice que enquadra Divinópolis na Onda Verde do programa Minas Consciente.
“As críticas são normais, até porque não temos uma cartilha a ser seguida na luta contra o vírus. Entendemos a nossa realidade, trabalhamos em cima das nossas necessidades e conseguimos conter, na medida do possível, o avanço da pandemia no município. Na avaliação geral do estado, Divinópolis está com nível 11, dentro dos parâmetros da Onda Verde (de 1 a 12). Mas querem que comecemos na Onda Amarela”, afirma Print Júnior.
Na Onda Verde, há uma maior flexibilização do comércio, que possibilitaria, em Divinópolis, a abertura de quadras esportivas e clubes sociais, por exemplo, além de espaços de festa com até 30 pessoas.
“Na Onda Amarela, além de não abrirmos estes espaços, precisaríamos fechar as academias. Se formos olhar na prática, ficamos na Onda Amarela por 90 dias, muito mais do que o Minas Consciente exige (prazo de 28 dias para mudança de nível), com exceção da abertura das academias com capacidade reduzida. É muito injusto que regressemos a essa estaca ao aderir ao programa”, avalia o vereador.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Eduardo Print Júnior cobra do Governo do Estado um olhar mais crítico.
“Não podem nivelar as cidades por baixo. Estão colocando no mesmo patamar cidades com 100% de leitos ocupados e cidades com índice controlado. Não é assim que funciona. Se tivessem chamado a responsabilidade no início da pandemia, estaríamos todos em nível parecido. Mas cada cidade teve a sua realidade, e conseguimos controlar seguindo planos locais. Temos pais de família que criaram essa expectativa pelo trabalho que fizemos, e que estão tendo um banho de água fria com essa decisão do Governo”, concluiu.
O decreto de adesão ao plano foi publicado no Diário Oficial dos Municípios desta quinta-feira (06). A prefeitura diz aguardar as diretrizes do Estado para informar como ficará a situação de cada setor.