Vereador afirma que os assessores acompanharam o vice-prefeito apenas para mostrar onde o líder do Executivo morava
O vereador de Divinópolis, Sargento Elton (Patriota) disse, nesta quarta (18), que irá exonerar o assessor de relações parlamentares, Felipe Fernandes apenas se houver alguma ilegalidade no ato dele. Ele foi acusado pelo líder do Executivo, Eduardo Print Jr (SD) de articular a polêmica envolvendo o vice-prefeito, Rinaldo Valério na véspera da votação do impeachment.
“Qual ilegalidade ele cometeu? Se tiver alguma ilegalidade eu exonero”, desafia.
Afirmando que o assessor é articulador político, disse que a visita foi motivada por uma conversa de corredor entre Fernandes e Print Jr.
“Ele [Print] falou com o Felipe que se tivesse 11 votos, ele seria o 12º”, relata.
Os detalhes da conversa foram repassados ao assessor de coordenação política, Edmar Alves que entrou em contato com então chefe de gabinete do vice, Olinto Guimarães. Guimarães então, teria perguntado sobre os contatos do Líder. Fernandes disse que sabia e ligou para Print Jr.
Ele e o outro assessor teriam acompanhado o chefe de gabinete e o vice para leva-los até o endereço por não saberem onde era.
“Sobre o teor da conversar não posso omitir opinião. Os meus assessores não entraram lá”, alega Sargento.
Os votos
Ainda segundo Sargento, até a noite anterior, havia 11 votos pela procedência das denúncias, ou seja, pela cassação do mandato do prefeito, Galileu Machado (MDB). Segundo ele, os parlamentares estavam convencidos de que se tratavam de irregularidades.
Entretanto, na mesma noite vazou a informação, em um site, sobre a visita do vice até a casa do Líder. “O Print armou porque queria filmar”, afirma.
As câmeras de segurança da residência do vereador do Solidariedade registraram o momento em que eles chegam. Aparecem nas imagens o vice, Guimarães e os dois assessores de Sargento Elton.
O vereador do Patriota antecipou que a justiça deverá ser acionada devido ao vazamento dos vídeos sem autorização das pessoas que aparecem nele.
Esclarecimento
Ao PORTAL GERAIS, Guimarães confirmou que Edmar o procurou com esta informação. Entretanto, o que desencadeou a visita, segundo ele, foi a de que teria “um tal de Ricardo” negociando votos em nome de Rinaldo.
“Sua ida deu exclusivamente para dizer ao vereador que não pediu voto para ninguém e esperava que isto não chegasse ao prefeito porque eram muito amigos. De mais a mais ele tinha certeza que o prefeito era e é inocente”, afirma.
Ainda segundo o ex-chefe de gabinete, ele encontrou com o vice na rua e ele pediu o que acompanhasse, pois estava sem carro. Guimarães e dois assessores ficaram do lado de fora enquanto Rinaldo conversava com o líder.
“Quem está do lado da verdade não se intimida por câmeras. Demos tchau para a câmara, mas parece que houve edições e essa parte não aparece”, conta.
