Marina Assis

O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Paulo dos Prazeres se recusou a participar na tarde desta segunda-feira (21) de uma reunião na Câmara de Municipal de Divinópolis para discutir o aumento do valor da refeição do Restaurante Popular. O motivo foi um desencontro de informações. O secretário acreditava ser uma audiência pública. Ao ser informado de que se tratava apenas de um ato público ele deixou o local dizendo se tratar de “reunião partidária”.

 

Foto: Felipe Alveoli - Vários usuários do restaurante participaram do encontro

Foto: Felipe Alveoli – Vários usuários do restaurante participaram do encontro

Para ser considerada audiência teria que ter sido convocada por uma comissão. Entretanto, o encontro foi solicitado pelo vereador Edimilson Andrade (PT). A iniciativa se tratava de uma reunião com membros do partido e com a presença da população para discutir o reajuste. O novo valor vigora desde a segunda-feira (14).

 

Reunião

 

A presidente do Conselho de Segurança Alimentar, Isa Mara Camargos participou do ato e disse que o intuito do restaurante é melhorar a alimentação da população e consequentemente diminuir os gastos com saúde pública. “A intenção do restaurante é manter a população com uma alimentação balanceada fazendo assim diminuir o número de pessoas com doenças causadas com má alimentação”, afirma Isa Mara.

 

Edimilson Andrade em conversa com a reportagem do PORTAL afirmou que será estudada uma redução desse valor para a população principalmente a mais carente. “O nosso medo é que o restaurante feche, já que em fevereiro vence o contrato com a empresa responsável pela comida e o medo maior é que não apareça nenhuma outra interessada já que houve a redução do número de refeições”.

 

Na semana passada a média diária de refeições servidas caiu de 1,7 mil para cerca de 480. O valor subiu de R$ 2 para R$ 5. O valor de R$ 1 foi mantido para as pessoas cadastradas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. A Prefeitura alegou que a iniciativa visava adequar o Restaurante à proposta social, atender os usuários que realmente necessitam. Segundo dados da Secretaria, apenas 10% dos usuários eram cadastrados. Com a mudança de valor, 80% dos frequentadores pagaram R$ 1 pelo prato.

 

Até o fechamento dessa matéria a reunião na Câmara Municipal ainda era realizada. O secretário não comentou sobre a saída dele.