Regional de Saúde registrou a morte de um idoso como sendo do município do Centro-Oeste
Marcelo Lopes
A região Centro-Oeste de Minas registra mais uma morte por febre maculosa. Um idoso, de 71 anos, morreu por consequência da doença, em São Gonçalo do Pará. O óbito foi confirmado pelo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na última semana.
Porém, de acordo com o secretário de saúde do município, Joel Ribeiro, o paciente não era nascido e tampouco residia em São Gonçalo, tendo como único vínculo a propriedade de terrenos próximos às margens do Rio Pará. Joel afirmou ao PORTAL que buscou contato com a SES para avaliar o porque do caso ter sido registrado na cidade e afirmou também que não houve nenhuma ocorrência de óbitos por febre maculosa no município.
“Tive a notícia desse caso através do secretário de saúde de Lagoa da Prata, Geraldo Almeida. O paciente é uma pessoa de Belo Horizonte, que tem um terreno aqui perto do Rio Pará, em São Gonçalo e também tem uma fazenda, às margens do rio, em Lagoa da Prata e de acordo com as informações que tive, ele morava na região da Pampulha, que também é uma área de foco de febre maculosa, devido às capivaras que circulam próximo à lagoa. Não dá ainda para vincular o caso deste idoso como sendo contraído em São Gonçalo do Pará. Isso ainda está em investigação e irei pegar informações oficiais da SES”, disse o secretário.
O secretário ainda declarou que foi informado pela Secretaria Estadual que o paciente e a família passaram por quatro cidades antes da doença ser constatada.
“Eles passaram aqui em São Gonçalo, neste sítio que ele possuía, logo após foram para Luz e de lá se deslocou para Lagoa da Prata, que também é um município onde também há capivaras na lagoa da cidade e inclusive na zona urbana. Então o paciente passou por quatro cidades e a única coisa que a SES acreditou que o óbito foi registrado aqui foi porque a família mencionou que passaram pela cidade. Não há ainda nenhum fato comprobatório, uma investigação ainda será feita, onde uma equipe da regional irá vir para São Gonçalo para analisar se as capivaras da região estão infestadas”, contou Joel.
Joel finalizou dizendo que não dá para confirmar se o contágio foi ocorrido em São Gonçalo. Sobre o contato com a SES, o secretário disse que conversou com um funcionário responsável, que informou que irá comunicar à equipe de manutenção do site, para retirar o registro do caso, até a comprovação do local de contágio vida doença. Se caso isso confirme, ele adiantou que as devidas providências serão tomadas.
“Na região do sítio existem outras pessoas que moram por ali e nenhuma foi contraída por febre maculosa. É provável que ele tenha contraído a doença em Belo Horizonte ou até mesmo em Lagoa da Prata, onde também existem carrapatos”, concluiu.
Também para o PORTAL, o secretário de saúde de Lagoa da Prata, Geraldo Almeida, disse que caso o contágio seja comprovado no município, as providências serão tomadas segundo os protocolos estabelecidos pela Vigilância Epidemiológica e pelo Ministério da Saúde.
SES
O PORTAL entrou em contato com a SES para obter informações sobre a constatação do óbito. De acordo com a secretaria, a frequência de casos e óbitos da febre maculosa brasileira é notificada segundo o município de residência ou o local provável de infecção, sendo definido por critérios epidemiológicos.
Região
Em Divinópolis, três óbitos foram confirmados por febre maculosa. No dia 04 de agosto, um idoso, de 63 anos, faleceu após dar entrada no hospital com suspeitas de febre hemorrágica. Em julho, uma jovem, de 22 anos e um idoso, de 81 anos, também faleceram, com os mesmos sintomas. Nos três casos, as vítimas foram ao Parque da Ilha antes de serem hospitalizadas. O local está interditado desde o início de agosto.
Em outras cidades da região, Itaúna também registrou três óbitos por febre maculosa no mês de junho e uma morte foi confirmada em Igaratinga. Nos municípios de Pará de Minas e Pitangui, um caso, em cada uma das cidades, foram confirmados, porém a melhora dos paciente foram constatadas.
