Amanda Quintiliano

 

Carlos Moacyr destacou a importância de se ter em mãos uma pesquisa (Foto: Jornal Gazeta do Oeste)

Carlos Moacyr destacou a importância de se ter em mãos uma pesquisa (Foto: Jornal Gazeta do Oeste)

Não diferente de eleições anteriores, os segmentos empresarias irão se reunir para definir apoio aos candidatos a deputado estadual. Uma reunião está prevista para a próxima semana na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Devem participar representantes da Associação Comercial e Industrial (Acid) e também da Fiemg, regional Centro-Oeste.

 

A preocupação é com o número excessivo de candidatos. Oito lideranças de Divinópolis estão disputando uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O receio é de que a cidade repita o resultado do ano passado e consiga eleger apenas um nome. A aposta dessas entidades, diante do atual cenário, é apenas na reeleição de Fabiano Tolentino (PPS).

 

Para eles, menor representatividade também significa menos aporte financeiro em áreas essenciais, como saúde, educação e também desenvolvimento econômico. O presidente da Acid, Carlos Moacy disse que Divinópolis precisa emplacar pelo menos três deputados estaduais.

 

“Ter mais representantes aqui do Centro-Oeste é importante, porque cada deputado tem sua verba e traz para as cidades da região, para Divinópolis. O Tolentino destinou 70% das emendas dele para Divinópolis, mas se a gente tiver mais deputados, eles podem mandar mais para melhorar a educação, a saúde”, comentou.

 

Desistência

 

Uma pesquisa, custeada por essas entidades, será realizada no próximo mês para avaliar a potencialidade de eleição. A intenção é verificar a preferência do eleitorado em Divinópolis e ter a cidade como um termômetro. Com os resultados em mãos, eles deverão definir e dividir os apoios aos candidatos a deputado estadual.

 

“Com essa pesquisa em mãos também poderemos conversar com os candidatos”, disse Moacy.

 

O presidente da CDL, Rogério Aquino também defendeu uma triagem para avaliar quem tem condições de se eleger. Para ele, o município é o único a sentir o impacto do número excessivo de postulantes.

 

“A gente entende que com essa quantidade quem tem a perder é só o município porque vai fragilizar muito as campanhas. O ideal seriam três, mas com essa quantidade vejo pouca possibilidade. Vamos ver se é possível diminuir isso, fazer quem sabe uma triagem para ver quem tem condições de ser eleito e a cidade apoiar”, defende, destacando ser uma opinião dele e não de toda a classe.

 

Aquino ainda comentou sobre as dificuldades de receber repasses estaduais enfrentadas pelo município nos últimos quatro anos.

 

“Por mais que nosso deputado tenha trazido recurso é um candidato iniciante. Quando chega na assembleia, com votação baixa, fica difícil conquistar o que a cidade precisa. Por isso a ideia é trabalhar para eleger mais dois e manter o que está lá”, concluiu.