Eles foram anunciados pela Semusa como medida para aliviar a unidade; Município diz buscar recursos para utiliza-los
O presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Warlon Carlos Elias denunciou a ociosidade de leitos no Complexo de Saúde São João de Deus, nesta quinta-feira (11), na Câmara de Divinópolis. Os leitos mencionados são referentes ao anúncio feito pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 13 de junho como plano de contingência para aliviar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Segundo ele, apenas 14 estão recebendo pacientes com possíveis internações longas. O presidente relatou também que enquanto a UPA, que deveria ser uma Unidade de Pronto Atendimento, serve como hospital, 6 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), estes compromissados publicamente em assembleia do Conselho junto ao CSSJD, estão inativos.
“O secretário veio a público e foi na tribuna do conselho e informou que estaria adquirindo 20 leitos para que desse uma folga nos corredores da UPA, o que eu entendi, não eram 20 leitos para regulação. E, até hoje, vemos que estão sendo usados 12 e eles alegando que de 14, dois estão sendo para urgência e emergência. Eu quero ver esta questão, se ela procede, pois entendi que seria para desafogar a UPA. Como existe muita legislação em cima desta questão, nós temos que ver se isso é obrigatório ou não neste caso dois 02 leitos”, explicou.
A Assessoria de Comunicação da prefeitura confirmou que os leitos estão inativos e informou que busca mais recursos para utiliza-los.
Denúncias
O presidente do conselho retomou também as denúncias já feitas. Segundo Warlon, não houve nenhuma medida em relação as irregularidades apontadas na auditoria do Serviço de Referência em Saúde Mental (Sersam). Cansado de esperar uma solução, ele apelou aos vereadores e pediu que participem da reunião do conselho no próximo dia 31. Pediu ainda cautela na avaliação da prestação de contas da Secretaria de Saúde do último quadrimestre.
“Não vi a intenção de melhorar, de ajustar. Tivemos algumas auditorias, conversas, mas no Município a saúde não anda e é por isso que iremos fazer essa avaliação agora. Eu segurei as contas até passar a eleição, pois tínhamos candidatos municipais concorrendo e não seria justo misturar uma prestação de contas da saúde com o período eleitoral. Eu respeitei e agora então estamos aqui para poder prestar contas e convidá-los a nos ajudar para ver a questão da prestação das contas no Conselho”, disse Warlon.
Por fim, o presidente do CMS questionou o porquê da Prefeitura ter declarado calamidade financeira na área da saúde, e, dezembro do ano passado, sem a participação do Conselho.
“Tudo relativo às finanças do Fundo Municipal de Saúde, deve passar pelo Conselho e a Prefeitura tem feito muita coisa por conta própria e isso não é o correto”, finalizou.
Prefeitura
Sobre as adequações no Sersam, o município respondeu que está realizando as adequações no serviço com o conhecimento do Ministério Público e em relação ao decreto de calamidade financeira, o Executivo disse que ofício é uma decisão da própria Prefeitura.