Sargento deve protocolar nos próximos dias o segundo pedido de "impeachment" (Foto: Divulgação)

“Não há incentivos para trabalhar”, afirma vereador Sargento Elton citando parcelamento e congelamento salarial

Sem o 13º salário, as polícias civil, militar e agentes penitenciários podem cruzar os braços em Minas Gerais. A possibilidade foi anunciada pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), José Maria de Paula.

Se até esta terça-feira (15) o judiciário não se posicionar sobre o pagamento, a entidade deve ser reunir com representantes das demais categorias (Militar e agentes penitenciários) para discutirem uma possível greve geral.

O risco também foi sinalizado pelo vereador, Sargento Elton (Patriota). Ao PORTAL ele disse que lideranças estão se fortalecendo no interior do Estado para reivindicarem o benefício.

Atrasos

O atraso do 13º salário é apenas um dos itens que tem desmotivado os profissionais. Nos últimos quatro anos eles não receberam reposição salarial.

Para piorar, o valor da primeira parcela foi reduzida pelo atual governador, Romeu Zema (Novo). Após pressão da categoria, ele voltou atrás e manteve o primeiro vencimento para o dia 14 no valor de R$3 mil e o restante no dia 28.

“É um caso sério porque se as forças de segurança pararem acaba com qualquer governo […] Recentemente vimos isso no Espírito Santo. Lá virou o caos. O governo precisa ter um carinho especial com a segurança”, disse Sargento Elton, citando os aumentos concedidos a outras categorias.

“Outros órgãos tiveram aumento como o judiciário, Ministério Público, e o de segurança está a ver navios”.

Além dos problemas já citados, o Estado surrupiou cerca de R$3 bilhões de repasses patronais e previdenciários do Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM). O repasse não é feito desde 2016.