Rodrigo disse que ainda há tempo para a obra (Foto: Reprodução TV Câmara)

 

O vice-prefeito de Divinópolis, Rodrigo Resende afirmou ser contra o contrato que transferiu a gestão e manutenção do sistema de saneamento básico para a Copasa. A afirmação foi feita durante a audiência pública realizada nesta segunda-feira (05) na Câmara Municipal pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ele disse ainda que o tempo da companhia na cidade está se esgotando.

Cerca de 200 pessoas participaram da audiência (Foto: Douglas Fernandes)

Cerca de 200 pessoas participaram da audiência (Foto: Douglas Fernandes)

A Copasa tem até o dia 31 de dezembro para entregar a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) funcionando, entretanto, o cronograma está atrasado. As obras deveriam ter começado no ano passado e até agora o projeto não deixou o papel. Se até o final do ano o esgoto não estiver sendo tratado a companhia terá descumprindo a cláusula contratual, abrindo brecha para a rescisão do contrato.

“Temos que respeitar o contrato. Imagina se todo mundo começasse a romper contrato a bel maneira? Se a Copasa não entregar o esgoto tratado até o dia 31 de dezembro aí sim ela estará quebrando a primeira cláusula contratual e poderemos falar em rescisão”, afirmou, acrescentando que sempre foi contra o contrato.

“Quando eu cheguei na prefeitura o contrato já havia sido assinado. Ele ocorreu quando eu ainda não era vice-prefeito. A prefeitura tem condições de fazer e assumir este serviço”.

Segundo Resende, a companhia não tem recursos para arcar com o sistema de saneamento para Divinópolis.

“Não é que a empresa não tem capacidade técnica, isso ela tem. O que ela não tem é fôlego

Rodrigo disse que ainda há tempo para a obra (Foto: Reprodução TV Câmara)

Rodrigo disse que ainda há tempo para a obra (Foto: Reprodução TV Câmara)

financeiro para fazer este trabalho, tanto é que de cara fez uma Parceria Público-Privada”, afirmou.

Obras

O diretor de operações sul da Copasa, Frederico Delfino disse que as obras devem começar ainda este mês e dependem apenas da liberação da licença ambiental por parte da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram). Ele ainda garantiu que até dezembro o esgoto será tratado. Para isso, foram feitas inversões no cronograma junto com a empresa responsável pela execução Divisa.

Apesar das críticas, o vice-prefeito disse que ainda é possível cumprir este prazo.

“A ETE não é um bicho de sete cabeça. O que a Copasa precisa é bater na mesa do secretário para ele agilizar a licença ambiental porque se ficar por conta da Supram vai chegar 2025 e ela ainda não terá liberado”, disparou.