Amanda Quintiliano
Com atuais 33 Equipes de Saúde da Família (ESF) o objetivo do novo secretário de Saúde de Divinópolis, Rogério Barbieri é em ampliar o atendimento à população. Com ações voltadas para a atenção básica de saúde, ele quer chegar até fim do governo, em 2020, com pelo menos 90% da cobertura.
Barbieri ver no investimento à atenção básica um dos meios para desafogar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Hoje, ela recebe cerca de 10 mil pessoas por mês. Ampliando a assistência, espera-se a redução da demanda por atendimento de urgência e emergência.
“Muitas coisas poderão ser resolvidas dentro da equipe da saúde da família”, explica.
Paralelo a isso, ele fala em também concentrar esforços para colocar em funcionamento o Hospital Público Regional.
“Porque hoje, no formato que ele [hospital] se encontra, o término da obra e colocação dele para funcionamento demandaria um gasto muito grande que o município não consegue cobrir, o Estado não consegue cobrir e quem conseguiria é o governo federal”.
O secretário esteve, na semana passada, com o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), professor Kleber Morais que garantiu que o Hospital Público terá prioridade na fila para transforma-lo em universitário. Com isso, o custeio ficará por conta do governo federal.
A unidade regional está numa área de 55 mil metros quadrados e demandará R$ 80 milhões apenas para a construção. Com 80% das obras concluídas, ainda faltam mais R$ 20 milhões. Enquanto o dinheiro não é liberado, tudo está parado. A capacidade inicial do hospital será de 120 leitos podendo chegar a 400.
“Se você me perguntar: a cidade precisa de um novo pronto socorro? Não. Ela precisa de leitos do SUS para desafogar a UPA e conseguir melhorar o atendimento à população”, enfatizou.
Novo pronto socorro
Barbieri disse ser “muito difícil” a possibilidade de reabrir o antigo Pronto Socorro. A transferência, por exemplo, da UPA para o centro da cidade, no antigo prédio, implicaria na perda do custeio de R$ 600 mil/mês por parte do governo federal. O município ainda teria que devolver cerca de R$ 3 milhões utilizados na construção.
“Numa situação, onde a saúde, a cada dia que passa, recebe menos dinheiro, fazer uma coisa dessa é colocar em risco a saúde da população”, declarou.
Atualmente, funcionam no antigo prédio do Pronto Socorro a Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel à Saúde (Samu), o Centro de Especialidades Médicas (CEM) e receberá o Serviço Municipal do Luto.