Amanda Quintiliano
Isadora Santana
Um servidor da prefeitura de Carmo do Cajuru foi preso nesta segunda-feira (21) suspeito de fraudar notas fiscais. O prejuízo, segundo o delegado Marcos Vinícius Montalverne, soma R$ 31,6 mil. Aguinaldo Corrêa da Silva Junior, de 25 anos, foi apresentado hoje (21). Ele nega o crime e alega ser “perseguição política”.
Apesar do servidor não confessar, o delegado afirma que há provas materiais suficientes comprovando o envolvimento dele no esquema. Aguinaldo é operador de máquinas concursado há oito meses. Ele se aproveitava do cargo para pegar combustíveis nos postos e revender.
O servidor falsificou o bloco de notas, o carimbo e assinatura do funcionário responsável pelo setor de abastecimento de veículos e máquinas da prefeitura. Ele ia até os postos de combustíveis no veículo particular, apresentava a nota de autorização e enchia galões de 160 litros e depois revendia.
O esquema foi descoberto no período em que Aguinaldo estava de licença médica devido a um acidente de trânsito. Durante a conferência, a secretária de Obras Adriany Cristina notou que havia divergências entre as notas de autorização e as fiscais. Ao suspeitar da fraude registrou Boletim de Ocorrência em 22 de outubro.
“Inicialmente, quando ele prestou esclarecimento na prefeitura, ele confessou e disse que pagaria o valor do prejuízo, que ele não quer perder o cargo público, mas agora, bem orientado por advogados, está negando, dizendo que é perseguição política, mas ele não é obrigado a confessar por que está bem materializado nas provas documentais”, comentou o delegado.
Uma das provas é um vídeo registrado pelas câmeras de segurança de um posto de combustíveis. O servidor aparece chegando no carro dele e enchendo dois galões de 160 litros cada. A polícia irá investigar se há mais pessoas envolvidas e quem seriam os receptadores. Além de Aguinaldo, a secretária e outro funcionário responsável pelo setor já foram ouvidos.
O servidor irá responder pelo crime de peculato e poderá perder o cargo. A Prefeitura de Carmo do Cajuru abriu um processo administrativo e a partir dele, ele também pode ser demitido.
Durante a apresentação, Aguinaldo negou o crime e afirmou ser “perseguição política” por desavenças com a secretária. Entretanto, ele limitou-se a falar e disse que o advogado dele dará mais informações.
Ele trabalha na prefeitura há dois anos, há oito é concursado como operador de máquinas. O servidor está afastado desde o final de outubro até que as investigações sejam concluídas. A prisão preventiva foi emitida pela Justiça de Carmo do Cajuru. Ele será levado para o presídio Floramar, em Divinópolis, ainda nesta segunda-feira (21).
O suspeito possui passagem policial por violência doméstica, mas não chegou a ser preso na época.
Atualizada às 17h42 com novas informações do delegado.