Um servidor público do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itaúna foi preso suspeito de fraudar o programa federal, Prouni. O homem, de 39 anos, foi apresentado nesta sexta-feira (07), na delegacia civil de Divinópolis. Ele deverá responder pelos crimes de estelionato e lavagem de capitais.
As investigações começaram há seis meses a partir de uma notícia crime anônima. O servidor teria entrado na Universidade de Itaúna pelo programa. Na época ele tinha remuneração de aproximadamente R$ 1 mil. Entretanto, no decorrer do curso de engenharia mecânica a renda dele evoluiu, variando de R$ 4 mil a R$ 8 mil.
Embora o programa exija que o beneficiário tenha uma renda per capita familiar máxima de três salários mínimos, o investigado passou a ocupar cargo comissionado com salário até três vezes superior, configurando assim fraude ao programa social.
Ostentação
No decorrer das investigações averiguou-se que o servidor público morava sozinho e inclusive tinha comprado um Fiat Linea, o qual, para não ser descoberto, foi registrado no nome da mãe dele. O veículo foi apreendido para fins de possível ressarcimento aos cofres federais. Estima-se um rombo de R$ 50 mil.
Ainda segundo o delegado responsável pelo caso, ele também levava uma vida de ostentação, com muita festa.
“Ele tinha uma renda e uma vida incompatível para quem faz jus do Prouni”, disse o delegado.
A prisão ocorreu nesta data por ser o dia do vencimento da mensalidade da universidade, consequentemente, da consumação do crime. O suspeito foi levado para a delegacia de Polícia Federal para que as devidas providências fossem tomadas. Lá, ele foi ouvido e liberado.
Investigações
O delegado revelou que há mais pessoas sendo investigadas suspeitas de fraudarem o Prouni. Há casos em Itaúna e também Divinópolis. A prisão desta sexta-feira (07), segundo Amaral, serve como um alerta para quem pratica o crime.
“Tem muita gente que acha que isso é totalmente comum, que é socialmente aceito, mas é para servir de alerta porque o que a pessoa está fazendo é um crime, ele pode, deve e será punido”, concluiu o Amaral.