Amanda Quintiliano
A campanha salarial do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) está prestes a comemorar aniversário. Em dezembro deste ano completa um ano que a categoria busca aumento salarial, reajuste do tíquete alimentação e alteração da data base de março para janeiro. Quase um ano depois, os avanços foram quase zero e a expectativa da diretoria do sindicato é de que as negociações não avancem até o próximo ano.
Desde a formação da Mesa de Negociação Permanente houve a conclusão do trabalho de apenas uma das três comissões. A destinada a acertarem os reajustes e alteração da data base encerraram as reuniões. Os representantes do governo teriam cedido apenas em dois itens. A data base passaria para fevereiro e o tíquete alimentação passaria a ser reajustado a partir do próximo ano pelo INPC.
Já a reposição da perda real salarial ficaria para ser discutida dentro do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. A comissão destinada a esse assunto ainda está se encontrado semanalmente. Eles pedem 11% de ganho real. Também mantém as reuniões o grupo formado para debater outros assuntos como terceirização, concurso público, participação na elaboração das peças orçamentárias.
“Nada disso é definitivo. Temos que esperar concluir o trabalho das outras comissões, levar para a mesa estendida, depois será levado para aprovação do prefeito [Vladimir Azevedo] e depois levaremos para a assembleia”, explicou a diretora do Sintram, Ivanete Ferreira.
Ivanete não arrisca a dizer quanto tempo mais serão gastos até chegarem a um acordo.
“Infelizmente nós não temos alternativa. Uma opção seria fazer um movimento mais aguerrido, mas não sentimos que a categoria esteja preparada para isso e a mesa de negociação foi a única coisa que eles acenaram e continuamos participamos”, disse e completou: se não aceitarmos participar eles falam que nós não queremos negociar e a mesa de negociação é complicada, demorada, principalmente se o outro lado não quer que ande rápido.
Reunião
A secretária municipal de Administração, Rosemary Lasmar disse que deverá ser agenda ainda para a próxima semana uma reunião com a comissão para fazerem novos encaminhamentos. Ela disse que o trabalho será permanente e as discussões serão direcionadas de acordo com as demanda do funcionalismo. Sobre as reivindicações como o reajuste salarial, ela mantém a posição de que ele é feito anualmente por meio do gatilho salarial, não cabendo outro aumento. Sobre a revisão do tíquete alimentação e do vale transporte, a secretaria afirmou que irá apresentar uma proposta durante esse novo encontro.