A presidente do Sintram lamentou a decisão do prefeito (Foto: Divulgação/Sintram)

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) irá promover, na próxima segunda-feira (17), uma assembleia para os servidores da educação rediscutam a sua representação sindical em Divinópolis. O debate atende pleito dos próprios educadores, que apontam uma atuação equivocada do atual representante legal, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Divinópolis (Sintemmd), em relação aos interesses da categoria.

A assembleia será realizada no auditório do Sintram, às 18h, e trará dois pontos para deliberação dos profissionais, sendo eles: Arrependimento de fundação do Sintemmd; e Ratificação da representatividade dos servidores pelo Sintram. Caso a maioria dos servidores da Educação ratifique a representatividade ao Sintram, a diretoria irá recorrer à Justiça, pleiteando a revogação da carta sindical do Sintemmd.

A presidente do Sintram, Luciana Santos, ressalta que o debate é polêmico, mas o posicionamento da diretoria está baseado nas várias reclamações dos servidores e também em recente ratificação de filiação da grande maioria dos educadores por ocasião do recadastro da Educação, promovido nos meses de junho a agosto.

O diretor do Sintram, Eduardo Parreira, que é da área da educação, destaca que nesses três anos de atuação do Sintemmd a instituição não ocupou espaço em órgãos deliberativos da área como: Conselho Municipal de Educação, Fundeb, Conselho do Diviprev e mesas de negociação com o Executivo.

 “O Sintemmd conquistou a carta sindical em 2012, mas desde então não cumpre seu papel de representar a classe trabalhadora. Já o Sintram se faz presente nesses espaços trabalhando para viabilizar a qualidade de ensino e trabalho do educador”, frisou.

Luciana disse que a assembleia é a pedido dos próprios servidores (Foto: Divulgação/Sintram)

Luciana disse que a assembleia é a pedido dos próprios servidores (Foto: Divulgação/Sintram)

Outra reclamação dos servidores, recebida pelo Sintram, foi em relação à postura assumida pelo Sintemmd, quando houve o anúncio de cortes na saúde e educação, em abril 2015. Na época, o Sintemmed negou convite do Sintram, Conselho Municipal de Educação e Colegiado de Diretores para compor forças e discutir um posicionamento dos servidores municipais perante à administração.

Conforme previsto nos trâmites legais, o Sintram convocou a assembleia e comunicou ao Executivo a decisão de paralisação de um dia dos servidores. Na contramão dos interesses da classe educadora, o Sintemmd pediu corte de ponto dos profissionais e indenização do Executivo, Comed e Sintram afirmando ilegalidade no movimento.

“Muitos educadores criticaram a postura do Sintemmd de declarar a paralisação ilegal e pedir o corte de ponto da Educação. A classe aponta falta de coerência nessa atuação e solicitou esse debate ao Sintram, então a assembleia será realizada nesse sentido de ouvir a vontade do servidor”, explicou a presidente Luciana.