Pedro Henrique Jonas

 

Os servidores da Justiça Federal em Divinópolis paralisaram hoje as atividades e participam, neste momento, de uma manifestação nacional, conhecida como “Apagão”. Parte dos 45 servidores que trabalha no órgão da cidade se reuniu na frente do prédio onde funciona o órgão, na Praça Dom Cristiano (Praça do Santuário) com faixas e cartazes reivindicando por melhores condições trabalhistas.

 

A insatisfação salarial e sobrecarga de trabalho são apenas duas das reclamações dos servidores. Eles ainda clamam por melhores condições de trabalho, elaboração de plano de carreira e criticam o corte do orçamento e a “quebra da autonomia” do poder Judiciário.

 

Servidores também querem melhorias estruturantes no prédio (Foto: Pedro Henrique Jonas)

Servidores também querem melhorias estruturantes no prédio (Foto: Pedro Henrique Jonas)

 

“O movimento está crescendo e tomando proporções no Brasil, pela falta de diálogo do Executivo com o Judiciário, estamos há vários anos tentando uma negociação com os governos que antecederam para melhorias nas condições de trabalho, o servidor também não está sendo valorizado, estamos há oito anos sem reposição das perdas inflacionárias, um direito que é garantido constitucionalmente”, disse um dos servidores que preferiu não se identificar.

 

“A constituição prevê o direito de greve para todo trabalhador, e também prevê a reposição dos salários dos trabalhadores, todo trabalhador anualmente tem a revisão dos seus vencimentos e com a gente não é diferente, só que estamos há oito anos sem nenhum aumento”, completou outro funcionário.

 

“É ruim prejudicar a população, estamos trabalhando para conseguir resolver os problemas da população. É muito ruim termos que chegar ao extremo de parar, vamos ter que repor essas horas posteriormente, mas não podemos deixar esses abusos que estão acontecendo do executivo prevalecerem”, afirmou outro grevista.

 

Segundo informações dos servidores da 1ª e 2ª Varas, há em Divinópolis 12 mil processos em tramitação, e o órgão da cidade é responsável por processos de mais outros 46 municípios.

 

As manifestações ocorrem na capital mineira e em diversas cidades do estado com Lavras e Ipatinga e em outros estados já foram confirmadas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul.