Mesmo com o anúncio de licitação para contratar empresa, ele disse que a paralisação será mantida (Foto: Mariana Cançado/Sintram)

Mesmo com o anúncio de licitação para contratar empresa, ele disse que a paralisação será mantida (Foto: Mariana Cançado/Sintram)

Os servidores públicos de Carmo do Cajuru irão paralisar as atividades na próxima terça-feira (09) garantindo apenas o funcionamento dos serviços essenciais, conforme estabelece a lei. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro Oeste (Sintram), Eduardo Parreira, afirma que a paralisação é um protesto e alerta ao prefeito da cidade, José Clarete, por descumprir a agenda firmada com o sindicato para realização de concurso público, sendo as datas desse processo propostas por seu assessor jurídico, além atualização do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS).

 

De acordo com a agenda estabelecida pelo município com o Sintram, a data limite para a licitação da empresa organizadora era até 15 de agosto, a realização do concurso em outubro e a posse dos aprovados em 15 de janeiro de 2015.

 

Devido ao não cumprimento dessa agenda, foi realizada assembleia com os servidores na última terça-feira (2) e dos 328 servidores efetivos, houve a participação de 260.

 

“Essa grande participação mostra o grau de insatisfação e de indignação dos servidores do município com essa situação”, declarou.

 

Na assembleia, ficou deliberada a paralisação na próxima terça-feira (9) e uma representação junto ao Ministério Público denunciando o excessivo número de contratados , contrariando a lei que estabelece a investidura em cargo público pela via de concurso.

 

Parreira afirma que na última quarta-feira (3), um dia após a assembleia, os servidores foram “agraciados” com a publicação do decreto do Executivo, que determina a licitação para contratação da empresa realizadora do concurso.

 

“Esse é o primeiro passo, no entanto ele já deveria ter sido dado dentro da agenda construída pelo próprio assessor jurídico do prefeito, ou seja, no dia 15 de agosto e só na quarta-feira (3) de setembro ele foi publicado”, declarou.

 

Previdência

 

Parreira alerta que a questão do concurso público atinge o futuro dos servidores efetivos, já que sem a medida haverá um desequilíbrio financeiro na Prevcarmo comprometendo aposentadorias. Ele espera que o processo tenha continuidade, após a publicação do decreto.

 

“A decisão de paralisação pelos servidores acertada na assembleia foi muito positiva, pois mostra que eles estão preocupados com a condição de vida e de trabalho deles e sabem que as administrações passam, mas a vida deles permanece vinculada a essa situação de realização do concurso, que lhes garante na PREVCARMO, receita para pagamento de sua aposentadoria”, declarou.

 

Paralisação

 

O vice-presidente afirma que a paralisação está mantida, mesmo após o decreto.

 

“A paralisação está mantida porque o decreto atende apenas o primeiro passo. O que deveria estar acontecendo agora seria já a elaboração do processo seletivo para aplicação das provas em outubro, o que muito provavelmente estará comprometido”, declarou.

 

O diretor finalizou dizendo que acredita na “boa-fé das pessoas” e espera do gestor público e seu assessor o cumprimento da agenda dentro dos prazos pactuados, sendo o que, de fato, interessa aos servidores.