Os trabalhadores municipais de São Gonçalo do Pará iniciaram, nesta segunda-feira (24), a greve devido à falta de pagamento de seus salários. A situação de sofrimento dos trabalhadores é resultado da disputa política travado pelo Legislativo e Executivo, que já está prestes a entrar no terceiro mês. A manifestação teve início na Praça São Cristóvão e percorreu as principais ruas da cidade intensificando o movimento em frente aos órgãos da administração.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), Luciana Santos, ressaltou a importância da união dos trabalhadores no movimento.
Uma nova assembleia vai definir o futuro do movimento (Foto: Divulgação/Sintram)
“Tivemos informações que os servidores estão sendo intimidados. O direito de greve é legítimo e os servidores devem ter isso em mente e somar forças com os que já abraçaram o movimento, fazendo frente a essa guerra política”, declarou.
Também representando o Sintram estiveram presentes os diretores João Madeira, Ivanete Ferreira, Eduardo Parreira e Cenira Malta, que ressaltaram que os políticos da cidade estão usando os servidores como massa de manobra e que é preciso combater essa irresponsabilidade.
Vários servidores usaram a palavra pedindo respeito e a liberação imediata de seus salários. Durante a passeata, vários populares aplaudiram o movimento e demonstraram a indignação com o descaso do Legislativo e Executivo com o sofrimento dos trabalhadores que estão sendo privados de direitos essenciais.
Ação
À tarde, a advogada do Sintram, Regina Faria, esteve no Fórum de Pará de Minas juntamente com dois servidores para pedir agilidade do processo. O assessor da juíza, responsável pelo caso, disse que está dando uma atenção especial ao caso e que a decisão deverá sair o mais breve possível.
Assembleia
Servidores fizeram caminhada cobrando o pagamento (Foto: Divulgação/Sintram)
Ás 16h30 de hoje (24) será realizada uma nova assembleia do Sintram com os servidores para deliberar os desdobramentos do movimento.
Impasse
O impasse está no projeto de lei que adequava a Lei Orçamentária Anual (LOA) a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO). Ele foi reprovado pelos vereadores. A LOA autoriza o prefeito a abrir créditos suplementares e adicionais de 20%. Enquanto a LDO de 40%. A proposta é ampliar os 20% da LOA para 40%. Isso porque, sem essa flexibilização de 40% o prefeito não consegue efetuar o pagamento mesmo com dinheiro em caixa, pois não há dotação orçamentária para todas as secretarias. O caso está na Justiça.
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