Rodrigo Dias
Chegou setembro, mês das flores. O tempo do frio e dos ventos, aos poucos, vai ficando para trás e dá lugar à primavera. Estação da vida e do colorido. Para muitos este mês é repleto de significado.
Setembro – vi numa reportagem – é um dos meses prediletos das noivas quando o assunto é casamento. A cor e a energia deste mês – acreditam algumas mulheres – trariam boa sorte ao casamento.
O mês é o nono do ano. A maior parte dele já foi percorrido e vencido, de uma forma ou de outra. O que faz de setembro um mês de início de preparo para as festas de fim de ano. Tempo, então, de se programar e planejar, porque não, as merecidas férias de verão.
Neste período, aos poucos, as ruas das cidades ficam mais agitadas. Um movimento característico desta época do ano. O céu mais azul e o sol são os mestres de cerimônias que convidam para um banho de mar ou cachoeira ainda mais saboroso. Bom para se espreguiçar sobre os seus efeitos.
Quando o tempo era mais regular as chuvas também eram marcas do setembro. Necessárias para germinar e fazer florescer o que de bom a terra retém em si. Um ciclo vital para a existência humana que vai das flores ao alimento.
É bem verdade que passamos por momentos turbulentos, mas tal como as estações e meses do ano eles se vão; nós querendo ou não. “Invernescer” quando o sol primaveril quer adentrar a casa é tolice.
Optar por ficar murmurando quando a vida oferece possibilidades mais acalentadoras denota a nossa pequenez. É necessário deixar se contagiar com as boas vibrações de quem quer seguir em frente, a despeito dos problemas.
Até o choro faz brotar algo no coração. O que não dá é ficar com ele contido, fechado em si e cinza. A ausência de expectativa não vira a página da existência e tampouco a do calendário. Vive-se num tempo tenebroso, sem cor e vida.
Tudo a seu tempo. É necessário, sim, se recrudescer. Mas é imprescindível, mesmo na aridez, aprender a brotar-se. Mudam-se as estações e o homem também.
Problemas e crises maiores ainda hão de vir. Mas por graça, sempre existirá o setembro. Com suas cores, flores e frescor primaveril. Neste caso, a receita é simples:
Se há obstáculo, fique tranquilo. Ele passa ou a gente se adapta a ele e logo as cores voltam, o sol e o céu azul também. Se já se vive nesta estação, aproveite. Capte a energia e a alegria deste tempo. Logo elas serão necessárias quando o setembro e a primavera se forem.