Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre o suicídio e as formas de prevenção. Neste mês, a UFSJ desenvolve uma série de ações para toda a comunidade acadêmica buscando a valorização da vida. Para entender melhor o tema, relacionamos informações sobre sinais de alerta, fatores associados ao suicídio, aspectos psicológicos, frases de alerta, sentimentos observados, mitos, como ajudar, o que não fazer e onde procurar ajuda.
A iniciativa é da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proae), Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PROGP), programa de extensão “Precisamos falar sobre a gente!” e Assessoria de Comunicação Social (Ascom). As informações a seguir têm como fontes os materiais “Prevenção ao suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental”, do Ministério da Saúde; e “Suicídio e os desafios para a Psicologia”, do Conselho Federal de Psicologia.
Acompanhe, nos próximos dias, os veículos oficiais da UFSJ (site de notícias, facebook, TV UFSJ) para conhecer a programação do Setembro Amarelo na instituição.
Sinais de alerta
- comportamento retraído, com dificuldades severas de se relacionar
- transtornos psiquiátricos
- abuso de álcool e/ou outras drogas
- perda da autoestima
- histórico familiar de suicídio
- tentativas anteriores de suicídio
- sentimentos de solidão, apatia, impotência
- cartas de despedida, desejo súbito de escrever testamento, concluir pendências pessoais
- idealização da morte como fim do sofrimento ou solução para seus problemas
Alguns fatores associados ao suicídio
- Transtornos mentais: transtornos de humor (ex.: depressão), transtornos por abuso de álcool e/ou outras drogas, transtornos de personalidade, esquizofrenia
- Psicológicos: impulsividade, agressividade, humor instável, vivências de afetos intoleráveis (angústia, desespero, abandono, humilhação, vergonha, sensação de fracasso etc.)
- Sociodemográficos: maior prevalência entre o sexo masculino, pessoas entre 15 e 35 anos e acima de 65, pobreza ou riqueza extremas, pessoas que moram em áreas urbanas, desemprego recente ou endividamento, aposentados
- Condições clínicas: doenças orgânicas incapacitantes, dor crônica intensa, lesões desfigurantes, epilepsia, câncer e AIDS
Aspectos psicológicos
- Há três características frequentes na maioria das pessoas que tentam suicídio:
- Ambivalência: quase sempre querem, ao mesmo tempo, alcançar a morte e viver
- Impulsividade: o suicídio pode ser um ato impulsivo e desproporcional desencadeado por eventos negativos do dia a dia
- Rigidez: pensamento extremista, que encara as situações de forma rígida e drástica (“tudo ou nada”) e vê o suicídio como única solução
Frases de alerta
“Eu preferia estar morto!”
“Não há mais nada que eu possa fazer!”
“Eu não aguento mais!”
“Eu sou um fracasso e um peso na vida dos outros!”
“Os outros serão mais felizes sem mim!”
Sentimentos a serem observados
4D’s: Depressão, Desesperança, Desamparo, Desespero
Mitos
“Falar sobre suicídio pode aumentar as chances que ele ocorra”
“Ele está ameaçando suicídio apenas para manipular e chamar a atenção”
“Quem quer se matar, não avisa”
“O suicídio é um ato de covardia (ou de coragem)”
“Quem quer se matar, se mata mesmo, não fica nas tentativas”
Como ajudar
- faça uma abordagem calma, aberta, de aceitação e não julgamento que facilite a comunicação
- ouça com interesse e respeito
- tenha empatia com as emoções e com o sofrimento da pessoa
- encoraje-a a procurar ajuda especializada
O que não fazer
- julgar a pessoa
- ignorar a situação
- tentar se livrar do problema
- desafiar a pessoa a dar prosseguimento ao seu plano suicida
- minimizar a dor da pessoa e dizer que é bobagem
- jurar segredo e não avisar alguém próximo à pessoa sobre o risco de suicídio
- deixar a pessoa sozinha
Onde procurar ajuda
- Em casos de urgência: unidades de pronto-atendimento.
- Assistentes sociais, enfermeiros, médicos e psicólogos da instituição, da rede de saúde pública ou privada.
- CVV (Centro de Valorização da Vida) – realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e Skype, 24 horas, todos os dias. Mais informações: www.cvv.org.br ou ligue: 141