Amanda Quintiliano

 

A reunião foi na sede do Sintram (Foto: Divulgação/Sintram)

A reunião foi na sede do Sintram (Foto: Divulgação/Sintram)

Não é de hoje a luta do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) para impedir a votação do projeto EM 056/2013 que extingue 45 cargos da Prefeitura de Divinópolis e atinge, principalmente, os 602 auxiliares de serviços. O receio é com o impacto na previdência. Nesta segunda-feira (17), eles pediram, mais uma vez, tempo para estudarem e levantarem dados que apontem o reflexo no Diviprev.

 

A solicitação foi durante reunião com bloco parlamentar, intitulado “independente”, e com representantes do Executivo, na sede do Sintram. O pedido foi feito sob a ameaça dos cinco vereadores de votarem contra a matéria caso não seja retirada a tramitação “em regime de urgência”. Desta forma, eles querem ganhar mais tempo sem travar a pauta da Câmara.

 

“A partir daí vamos ampliar a discussão para tentar ter uma segurança para que este projeto não cause prejuízos para os servidores e nem para a previdência social”, disse o diretor do Sintram, Alberto Gigante.

 

Nesta terça-feira (18), se o projeto não for votado e não houver a retirada do pedido, nenhuma outra matéria poderá ser apreciada. Mesmo com tudo sinalizando a votação amanhã, um pedido de reunião foi feito pelo vereador Adair Otaviano (PMDB) para quarta-feira (19). O objetivo também é de esclarecimentos. Para Gigante, o encontro deveria ser adiado para dar tempo de realizar levantamento de impacto na previdência.

 

“Tudo aquilo que é para discutir é importante. Mas, é um prazo muito curto para chamar as pessoas para participarem e também para preparar um estudo, documentação, porque precisamos mais de fundamentação, um levantamento bem feito para não ficarmos no achismo”, afirma Gigante.

 

Bloco

 

Foram mais de duas horas de reunião. O membro do bloco, vereador Marcos Vinícius (PSC) disse que foi possível nivelar informações, entretanto defende mais tempo para se posicionarem e cobra a posição do Diviprev documentalmente. Mais uma vez, representantes do governo reafirmaram que não haverá impacto na previdência, pois o próprio município poderá repor a diferença das contribuições.

 

“Ainda não estamos preparados para votar o projeto. Como encaminhamento, pedimos para retirar o pedido de urgência. E, pela movimentação achamos que nosso pedido será atendido. E, também pedi que o Diviprev se manifeste documentalmente mediante as palavras do Honor Caldas [secretário de governo]. Ele deixou claro que o instituto não vai quebrar, não terá prejuízos, mas até agora as informações que tive do Diviprev não foram satisfatórias”, disse.

 

Reunião

 

Ao longo da última semana o Sintram mobilizou a categoria para participar da reunião desta terça-feira, às 14h, no auditório da Fiemg. Além do receio com o impacto na previdência, o projeto abre brecha para a terceirização. Como não haverá concursos para o cargo de auxiliar de serviço, os profissionais serão contratos por meio de terceirização. O sindicato defende o concurso como porta de entrada para o serviço público.