Amanda Quintiliano

Servidores de Divinópolis protestaram nesta sexta-feira (11) na porta da prefeitura. Na medida que encerravam o expediente, eles se juntavam aos diretores do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) em apoio ao ato. A categoria quer o fim do escalonamento salarial e a suspensão da circular que limita o prazo para recomposição dos dias parados durante a greve.

Pelo segundo mês consecutivo o governo anunciou o pagamento parcelado do funcionalismo público. A justifica é baseada na crise que assola os municípios brasileiros. Alegação que não convenceu os servidores.

“Queremos denunciar o desmando da prefeitura, a péssima administração que gasta milhões em propaganda e, agora, no apagar das luzes, porque perdeu a eleição, começa a escalonar pagamento e não pagar, no mínimo, até o quinto dia útil que é um direito do servidor”, enfatizou a diretora do Sintram, Ivanete Ferreira.

Outro receio da categoria é quanto ao pagamento do 13º salário. Até agora, não houve nenhuma sinalização se a gratificação natalina será paga até o dia 20 de dezembro, como previsto em lei. No ano passado, ela foi parcelada em duas vezes dentro do mês de dezembro.

Medidas

Para se precaver, o Sintram recorreu à Justiça. Em julho deste ano, o sindicato entrou com uma ação contra a circular que dá até o dia 13 de dezembro para os servidores reporem os dias não trabalhados durante a greve. A alegação é de que o prazo não é suficiente e que há um acordo entre as partes para a data ser definida em consenso.

“Agora impetramos mais um mandado de segurança”, acrescenta Ivanete.

O mandado de segurança é contra o escalonamento que para o Sindicato é considerado “atraso” no pagamento.

Vazio

Apesar do apoio de alguns servidores e da procura por respostas junto ao sindicato, a mobilização estava vazia em relação aos já realizados. Ivanete disse que a categoria teme ainda mais perseguição.

“Esse governo persegue, sabemos disso”, desabafou ao usar o microfone na porta da prefeitura.

A reportagem tentou contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, mas ninguém foi encontrado para comentar sobre a manifestação.