A inexistência de diálogo com funcionários, salários e horas extras atrasadas, assédio moral, insalubridade, privilégios dos contratados em relação aos concursados e contratação de profissionais sem o perfil desejado para atendimento de urgência e emergência. Essas foram as principais queixas relacionadas à atual administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas), de Divinópolis, levantadas pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), em reunião com a diretora de Emergência e Urgência da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Cristiane Joaquim, na última semana, na sede do sindicato.
Além dessas queixas, os diretores do sindicato, Alberto Gigante, Luciana Santos e Ivanete Ferreira, junto com a enfermeira Jussara Amaral, que representou o corpo de funcionários da Upa, solicitaram ação da Semusa, pois desde a intervenção do Ministério Público na Santa Casa de Formiga – atual gestora da Upa – não houve manifestação pública da entidade sobre o fato ou orientação aos funcionários por nenhuma das partes.
A diretora secretária, Luciana Santos, destacou que é preciso medidas urgentes para corrigir essa falta de diálogo e a troca de servidores experientes e treinados por recém-formados.
“Isso está fazendo com que a qualidade do serviço despenque, além das mudanças prometidas do SIM- SAÚDE não terem saído do papel. O serviço oferecido hoje está de pior qualidade se comparado ao da UPA Central e os responsáveis pela gestão agem como se tudo estivesse normal. O Sintram quer mudanças na administração da UPA porque os servidores e a população estão sendo prejudicados”, declarou Luciana.
A representante da Semusa, Cristiane Joaquim, demonstrou surpresa com o volume de questionamentos e disse não ter conhecimento de tantos problemas. Segundo ela os diretores da UPA não repassaram a Semusa os questionamentos do encontro anterior ao do Sintram.
A diretora solicitou para ser acionada quando os servidores julgarem que os problemas não estão sendo devidamente enfrentados com medidas eficazes pelos gestores da UPA. Cristiane comprometeu-se ainda a agendar reunião com o Secretário de Saúde, David Maia D’Oliveira, ressaltando que, apesar da terceirização, a Prefeitura mantém a responsabilidade na condução da saúde pública do município e a UPA é uma unidade fundamental no processo.