Discussão teria começado quando a vítima queria sair para comprar mais bebida e a irmã interferiu
A Polícia Civil procura por Leandro Martins de Melo, de 33 anos, suspeito de assassinar o tio, João Carlos de Melo, de 51 anos, com uma facada no coração, na noite de sexta-feira (22), no bairro Interlagos, em Divinópolis.
Um dia após o crime, os parentes da vítima, sendo três irmãos (duas mulheres e um homem) e um outro sobrinho, foram ouvidos na delegacia regional. De acordo com o investigador, Wagner Oliveira, havia uma incongruência emocional, pois depois da morte, os parentes não demonstravam tanta tristeza, principalmente a irmã de João, de 54 anos.
“Em relação aos depoimentos, cada um apresentava uma versão diferente e uma contradição muito grande entre eles”, declarou o investigador.
O crime
De acordo com a delegada que acompanhou o caso, Ana Paula Rodrigues, João e a irmã dele, que não tinham uma boa relação, estavam bebendo no dia do crime. A discussão começou quando João queria sair para comprar mais bebida e a irmã dele tentou impedir, já que a mãe deles estava na casa e preocupada.
A discordância se transformou em um atrito. João, então, teria empurrado a irmã contra uma parede, ocasionando escoriações no braço dela.
“Diante disso, conforme os depoimentos que foram colhidos, Leandro chegou na residência, a qual ele morava com a mãe e ao ver os ferimentos, ele foi até o quarto do tio para tirar satisfações. Ao chegar no quarto, viu João sentado com um pedaço de pau ao lado da cama e lhe desferiu uma facada”, descreveu Ana Paula.
Tanto a faca quanto o pedaço de pau não foram localizados no local. Segundo a delegada, nos depoimentos os parentes alegaram que Leandro fugiu com eles, já que diante dos ferimentos, suspeitava que o tio iria morrer.
Encaminhamentos
Leandro ainda não foi encontrado e segue foragido. De acordo com Renato Fonseca, delegado de homicídios, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do suspeito, devido ao crime hediondo, com o prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado para mais 30.
“Serão realizadas diligências para efetuar a prisão e esclarecer os fatos. Mas, se caso dentro deste período de trâmite ele não for localizado, é possível a decretação da prisão preventiva, ou seja, sem prazo determinado e em qualquer parte do Brasil em que Leandro for localizado, o mesmo pode ser preso e responder pelo processo”, finalizou o delegado.