Ele foi preso nesta quarta-feira (10) em Carmo do Cajuru (Foto: Reprodução vídeo/Boca da Mata)

 

Amanda Quintiliano

A Polícia Civil apresentou, nesta quinta-feira (11), o homem, de 60 anos, suspeito de abusar sexualmente de crianças com idade entre 07 e 10 anos, em Carmo do Cajuru. As investigações tiveram início após o irmão de uma das vítimas contar para o vizinho sobres os estupros. Ele, então, denunciou o caso ao Conselho Tutelar. As últimas ocorrências teriam ocorrido no dia 25 de dezembro. Osmar Marques de Araújo nega.

O suspeito teria aproveitado a data para oferecer balas e dinheiro para três crianças, com idade entre 09 e 10 anos. Com a promessa, elas foram até a casa dele. Ao chegarem lá ele condicionou dar o prometido a práticas sexuais.

“Como um verdadeiro predador ele atraia as vítimas oferecendo as balas, mas dizia que para dar dinheiro e balas, doces, elas precisavam fazer sexo oral nele e deixar que fizesse nelas”, conta o delegado responsável pelo caso, Wesley Castro.

Um dos irmãos da vítimas presenciou um dos atos.

“O investigado chegou a ameaça-lo, utilizando a inocência da criança, dizendo que faria uma macumba para que ele morresse”, conta acrescentando que passado o susto, ele contou para a vizinha que denunciou o homem.

No decorrer das investigações, a Polícia Civil obteve a informação de que há 10 anos, uma criança também em situação de risco social e distúrbios psicológicos foi abusada por ele. Na época ela tinha 07 anos.

“De maneira inescrupulosa e até doentia, ele diz que há 10 anos a criança se aproveitou que ele era cego na época […] Passou por um processo de milagre, pelo que parece. Então, a criança aproveitou que ele era cego e pediu que ele desse a mão a ela, e quando ele deu ela teria a levado até a vagina dela”, relata.

Já em relação aos casos atuais, o homem afirma que as crianças foram até a casa deles sem motivo e começaram a se exibir levantando as saias.

A Polícia Civil pede a toda população que caso alguém o reconheça pela foto que entre em contato. As crianças serão ouvidas com acompanhamento psicológico por estarem traumatizadas.

Suspeito nega abusos

Durante a apresentação, o homem negou as acusações e afirmou se tratar de armação.

“Isso é armação que fizeram para mim. Nunca toquei em corpo de criança. Eu respeito muito criança e idoso”, argumentou e acrescentou ao ser questionado sobre quem teria armado para ele: “Tem um vizinho que não gosta de mim deve ser ele”.

O suspeito ainda disse que as balas que tinha eram para as afilhadas dele e também para clientes que iam até a casa dele para comprar pinga.

Ele voltou a reafirmar as declarações dadas pelo delegado responsabilizando as crianças.

“Na minha casa não tinha muro. Eu estava sentado na porta da minha sala e ela chegou pedindo bala e eu disse que não tinha. Ela, então, arriou a sainha, shortinho e ficou rebolando do meu lado, ai eu falei para ela vestir senão eu ia chamar a mãe dela, ela então vestiu e foi embora”, relatou, dizendo que este caso foi há um ano.

Omar ainda confirmou que perdeu a visão em 2007 e a recuperou em 2008 após cirurgia nos dois olhos.

Ele foi levado para o presídio Floramar, em Divinópolis, onde deverá aguardar o julgamento.