Durante operação realizada na manhã desta quinta-feira (17), em Itaúna, a Polícia Civil, cumpriu mandado de prisão preventiva contra Jardel Marques Coutinho, de 36 anos.

O suspeito é apontado como responsável pelo homicídio de Laisla Aline Amaral Resende, 20 anos à época dos fatos. O crime ocorreu no dia 10 de junho de 2009, em uma estrada de terra, na região rural de Itaúna. O corpo da jovem foi encontrado no dia seguinte, ao fato, com a filha de apenas 24 dias, ainda viva, sobre Laisla. A menina não foi alvo dos disparos, porém, apresentava diversas picadas de insetos pelo corpo.

Conforme explicou o delegado responsável pela condução do inquérito policial Emerson Morais, o suspeito executou Laisla após descobrir ser o pai biológico da filha recém-nascida da jovem. A Polícia acredita que Jardel pretendia ocultar o fato, visto que era casado.

No curso da ação policial, também foram encontradas, na casa do suspeito, inúmeras armas de fogo e munições.

Entenda o caso

A vítima, que tinha um relacionamento estável com um rapaz da cidade, informou ao mesmo que estava grávida. Após o anúncio, amigos e parentes do rapaz o alertaram de que o filho poderia ser de outra pessoa, recomendando-lhe que fosse realizado o teste de DNA após o nascimento da criança.

Conforme orientação, o rapaz providenciou o exame, cujo resultado deu negativo para paternidade. No dia em que foi emitido o resultado, Laisla informou à mãe que precisava sair para resolver uma situação.

Conforme o delegado Emerson Morais, foram realizados diversos levantamentos, indicando que no dia do crime, Laisla efetuou inúmeras ligações telefônicas para Jardel, sendo a última realizada de um telefone público. Após esse contato, a vítima não foi mais vista. 

Investigações apontam que Laisla foi levada por Jardel para uma estrada vicinal, localizada nas adjacências do condomínio Vale dos Ipês. A região é conhecida do suspeito, visto que fica próxima a um sítio da família dele. A vítima estava com a filha de apenas 24 dias nos braços quando foi atingida por um disparo de arma de fogo no ouvido. Após o crime, o suspeito ainda ajeitou o bebê sobre o corpo da mãe e fugiu. A vítima foi encontrada no dia seguinte, sendo que a menina apresentava diversas picadas de inseto na pele. O bebê foi encaminhado para o hospital, onde foi medicado.

Durante declarações prestadas à Polícia, Jardel alegou não ter envolvimento no crime, pois participava de um curso em Contagem, no dia dos fatos. No entanto, a Instituição citada pelo suspeito nega o vínculo do rapaz com a escola.