Foram liberados os suspeitos de matarem Vera Lúcia, de 44 anos, durante assalto a uma lanchonete na noite do último domingo (19), em Divinópolis. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Marco Antônio Noronha, nesta quarta-feira (22). A liberação ocorreu por falta de elementos e provas que comprovem a participação deles no crime, classificado por ele como “grave e cruel”. Mesmo assim, eles ainda serão investigados.

Informações foram repassadas durante reunião da Acasp (Foto: Amanda Quintiliano)

Informações foram repassadas durante reunião da Acasp (Foto: Amanda Quintiliano)

O delegado quer colher o máximo de informações antes de indiciar qualquer pessoa. A cautela é para evitar que eles sejam absolvidos no decorrer do processo por falta de provas. Por enquanto, há apenas indícios que ligam a participação dos jovens de 23 e 21 anos no crime.

“Estamos fazendo um trabalho criterioso para conseguirmos provas, elementos para que as pessoas que por ventura forem indiciadas, possam ser apresentadas a justiça e que o Ministério Público possa oferecer a denúncia com tranquilidade”, afirmou Noronha.

Outras diligências foram realizadas na manhã de hoje.

“Outras pessoas estão sendo conduzidas a delegacia, vamos colher os depoimentos e ficar atentos aos objetos colhidos. Mas, não podemos passar detalhes para não atrapalhar investigação”, comentou.

O delegado não quis falar em nomes e nem apontou os indícios já existentes que ligam os suspeitos ao crime.

“Eles estão negando participação e precisamos colher o máximo de dados para ver se batem com a cena do crime e com as informações que temos até o momento”, ponderou e acrescentou: “Há diversos casos que a polícia, prematuramente, faz uma acusação, indiciamento, mas chega na fase processual a pessoal é absolvida por falta de provas”.

Criminalidade

Este não é o único caso que chamou a atenção nos últimos meses em Divinópolis. De janeiro a junho deste ano já foram 19 homicídios registrados, segundo levantamento da Polícia Civil. Dentre os casos, estão a de uma mulher, de 36 anos, morta em um sinal de trânsito quando ia com o marido e o filho ao supermercado. A suspeita, até o momento, é que ela tenha sido morta por engano.

Há também o caso de um jovem, de 20 anos, morto no bairro Santa Rosa. Também suspeita-se que ele tenha sido morto por engano. Bandidos invadiram a casa e atiraram nele, no padrasto, de 45 anos, e na mãe do garoto, de 44 anos. Ele morreu ainda no local e os outros dois ficaram feridos.

“A este tipo de conduta é nossa determinação para a equipe de investigadores priorizar e dar o máximo de atenção para identificação e prisão dos responsáveis”, ressaltou o delegado regional, Leonardo Pio.

Sobre o caso de domingo, o delegado afirmou que é necessária uma resposta rápida.

“Por parte do aplicador da lei, ele [quem comentou o crime] merece uma pena justa, adequada e uma resposta rápida por parte das policias e que a pena venha na medida do ato criminoso cometido”, finalizou.