Profissionais que trabalham com aplicativos também querem participar da discussão de regulamentação da profissão

Marcelo Lopes

A atual situação dos taxistas foi debatida durante a tarde desta quinta-feira (12), no plenário da Câmara de Divinópolis. Os profissionais da classe exigem a extinção do CGO, o imposto que incide em relação a tarifa cobrada do serviço e que não é mais presente para os ônibus de transporte coletivo da cidade.

Além disso, os taxistas reivindicam mais rigor na fiscalização dos serviços feitos por aplicativos, com a justificativa de que os mesmos podem causar transtornos para os clientes, devido as empresas de seguros não oferecerem cobertura em viagens nos veículos desta categoria, de forma ilegal. Recentemente, uma lei federal (13.640/2018), passou a responsabilidade aos municípios de organizar estas atividades.

Reunião

Além dos representantes da categoria, a reunião também contou com os vereadores Adair Otaviano (MDB), Ademir Silva (PSD), Janete Aparecida (PSD), Edson Sousa (MDB), Cleitinho Azevedo (PPS), Sargento Élton (PEN) e Nego do Buritis (PEN).

Após ouvir o que os taxistas apresentaram, Janete, que encabeçou a reunião, disse ao PORTAL que ou a taxa precisa ser paga por todos, ou caso contrário, que ela seja extinta do município.

“Eles pedem que tenham o mesmo direito e que seja retirado para eles. O que colocamos para eles é que vamos levar esta proposta para o Executivo. Ou retira de todos ou volta para os coletivos”, disse a vereadora.

Regulamentação

Dentro da regulamentação do serviço dos taxistas, estão também a identificação dos profissionais, como o uso de uniformes, padrões de carro e a adesivagem dos veículos. Também é existente um problema na editariedade do serviço, que assim como as atividades dos apps, precisa ter uma resolução. Janete afirmou que também foi procurada pelos motoristas de aplicativos.

“Pelo contrário do que muita gente acha, não houve pedidos para que estes serviços foram retirados e já estamos vendo essa adequação na lei federal, para que eles também possam trabalhar normatizados”, relatou.

Os motoristas dos serviços paralelos ao táxi também desejam que ambas atividades sejam regulamentadas, havendo uma concorrência leal entre as duas partes.

“Nós torcemos por isso, pois como eles têm o espaço deles, também queremos o nosso. Acredito que o Sol nasceu para todos e todo mundo tem direito a trabalhar. Também lutamos por essa regulamentação”, disse Bruno Alvim, sócio proprietário de um dos aplicativos presentes em Divinópolis.

Próximos passos

Ainda de acordo com Janete, as propostas serão apresentadas nos próximos dias para o prefeito Galileu Machado (MDB) e a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settrans), juntamente com uma comissão feita pelos vereadores presentes na reunião e os representantes dos taxistas.

“Faremos esta reunião para que nós juntos possamos construir o mais rápido possível e colocar os motoristas dentro do direito deles”, finalizou.