Processo Administrativo apontou que a servidora usava horário de trabalho para gerenciar um buffet particular.

A Prefeitura de Divinópolis exonerou a técnica de enfermagem Vivian de Fátima Alvarenga por conduta funcional irregular.

Servidora concursada da Policlínica, ela foi alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que comprovou o uso indevido do horário de expediente para gerenciar um buffet próprio.

A exoneração foi publicada na última quinta-feira (13/2) no Diário Oficial do município. De acordo com a investigação, a profissional utilizava parte do tempo de trabalho para tratar de questões relacionadas ao buffet, administrado por ela e seu marido.

Investigação e Comprovação das Irregularidades

Durante o PAD, Vivian negou as acusações. No entanto, admitiu que levava a agenda do buffet para a unidade de saúde e usava a impressora da Policlínica para imprimir contratos de serviço.

Além disso, revelou que mantinha conversas sobre negócios com colegas que eram seus clientes.

Testemunhas confirmaram que a servidora atendia chamadas telefônicas do buffet durante o expediente. Em algumas ocasiões, pacientes enfrentaram filas de espera porque ela estava ocupada no celular.

O Executivo concluiu que houve violação dos deveres funcionais, prejudicando o atendimento à população e causando prejuízo ao erário. Isso porque, conforme a prefeitura, a profissional tinha remuneração com recursos públicos para desempenhar as atividades próprias do cargo público. Ou seja, não para, nesse mesmo horário, realizar atividades econômicas de natureza e interesse pessoal e particular, durante o horário de trabalho.

Outras Polêmicas envolvendo Vivian Alvarenga

Em 2024, áudios de Vivian, na época candidata a vereadora de Divinópolis e presidente afastada da Associação Amiga dos Autistas,  Vivian Fátima Alvarenga, do partido Solidariedade, revelaram suposta coação e assédio a pais de crianças autistas.

Na ocasião, denúncia feita em um grupo de pais da associação em Divinópolis, apontava que a então candidata estaria condicionando o atendimento na entidade ao apoio eleitoral para sua campanha.

Conforme os relatos, Vivian teria questionado insistentemente os pais sobre quem a apoiaria, afirmando que aqueles que não votassem nela seriam colocados “no final da fila” para o atendimento na associação.

As coações teriam se intensificado nos dias próximos a votação de outubro de 2024, com a candidata utilizando sua posição para pedir votos de forma abusiva.

De acordo com as denúncias, Vivian teria afirmado que monitoraria os resultados eleitorais para identificar quem votou nela.

Além disso, após a repercussão na época, Vivian se pronunciou, afirmando que inicialmente pensou que as gravações não eram de sua autoria, pois não se recordava do que havia dito.

Posteriormente, ao revisar as conversas, ela justificou que estava sob o efeito de medicação indutora do sono no momento das falas. “É possível notar que minha voz está pastosa e a fala desconexa”, destacou.

Vivian também declarou na ocasião que estava sendo alvo de perseguições nos últimos anos, e que sua candidatura teria intensificado esses ataques.

Conforme ela, essa pressão afetou sua saúde mental, levando-a a buscar auxílio psicológico e psiquiátrico devido a crises de ansiedade e dificuldades para dormir.

Prefeitura de Divinópolis

A prefeitura Municipal de Divinópolis, informou que não irá comentar sobre a decisão, além do que consta na publicação do Diário Oficial.

Vivian Alvarenga

A reportagem do PORTAL GERAIS, entrou em contato com a técnica em enfermagem, Vivian de Fatima Alvarenga, porem até o fechamento da reportagem, não obteve respostas.