Amanda Quintiliano

O técnico de enfermagem suspeito de aplicar vacina sem prescrição em um bebê de três meses foi afastado das funções. O caso aconteceu na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Triângulo, em Oliveira, no dia 10 de janeiro, e foi parar no Ministério Público e no Conselho Regional de Enfermagem (Coren).

Ana Carolina Ribeiro levou a criança para receber a dose de meningite. Ela estranhou que algo estava errado quando o técnico demorou na preparação para aplicar a dosagem. Após esta vacina, ele ainda deu três gotinhas de outra. Suspeitando de falha, ela fez contato com uma amiga da área de saúde a qual afirmou que a imunização, naquele momento, deveria ser apenas contra a meningite.

Não bastasse a aplicação indevida, o técnico rasurou o cartão de vacinação e recusou-se a dar mais informações para a mãe sobre quais as doses ele havia aplicado na menina. O jeito foi, então, procurar a Secretaria Municipal de Saúde.

“A secretaria me garantiu que o técnico aplicou as vacinas VOP [Poliomielite] e a Varicela [catapora], vacinas que a minha filha tomaria com um ano e três meses. Espero que realmente sejam essas”, desabafou a mãe nas redes sociais.

Também nas redes sociais a filha de Ana Carolina, Ana Vitória Dias contou que o técnico trabalhava sozinho, sem supervisão na data da vacinação. 

Prefeitura

Em nota, a Assessoria de Comunicação da prefeitura informou que a criança, “desde a data do ocorrido, está recebendo acompanhamento médico. As consultas estão sendo agendadas conforme Protocolo do Estado (uma consulta por semana). A médica que está acompanhando o caso é a pediatra Infectologista Maria Carolina, que atende no Hospital São Judas Tadeu. Até a data de hoje, dia 16 de janeiro de 2018, a criança não apresentou nenhum tipo de reação”.

Os Departamentos de Atenção Primária à Saúde e Vigilância Epidemiológica do município apuraram o ocorrido e as devidas providências foram tomadas. O profissional em questão foi submetido à legislação municipal e não compõe mais o quadro de funcionários da Prefeitura de Oliveira. O Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais foi notificado do ocorrido e outras ações cabíveis serão tomadas.