As altas temperaturas exigem um cuidado especial em relação à conservação e manuseio dos alimentos. O ideal é que eles sejam consumidos logo após o preparo, pois o calor aumenta a velocidade de deterioração e favorece a multiplicação de microrganismos causadores de doenças.
“É preciso lembrar que as bactérias se proliferam mais no calor e isso exige cuidados redobrados com a higiene”, afirma a Diretora de Vigilância em Alimentos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Ângela Ferreira Vieira.
O local em que o alimento é armazenado também precisa estar em boas condições de refrigeração e limpeza. Geladeiras e freezers devem estar com as temperaturas reguladas e adequadas a cada tipo de produto.
Alimentos perecíveis não devem permanecer em temperatura ambiente por mais de duas horas e caso haja alguma alteração no sabor ou odor, o alimento deve ser descartado imediatamente.
A qualidade da água consumida também é fundamental para evitar riscos de contaminação. As chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) são causadas pelo consumo de alimentos ou água contaminados.
“Existem mais de 250 tipos de DTAs e a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, a cada ano, mais de dois milhões de pessoas morram por doenças diarreicas, muitas adquiridas ao ingerir alimentos ou água contaminados”, afirma Ângela Ferreira Vieira.
Adotar hábitos de higiene como lavar as mãos e usar toucas de cabelo ao manipular alimentos também é fundamental para a preservação da saúde. As mãos devem ser higienizadas com frequência, principalmente antes das refeições, ao entrar e sair do banheiro e após tocar objetos sujos.
“Utilizamos as mãos para praticar diversos movimentos, por isso elas acabam constantemente em contato com superfícies sujas, tornando-as vulneráveis a contaminações”, conclui Ângela Ferreira Vieira.