“Não dá para acreditar”, afirma mãe da Thally de quatro anos sobre chikungunya como causa da morte; Família aguarda exumação do corpo
Exame apontou chikungunya como a causa da morte de Thallya Beatriz, de 4 anos. A menina morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, no dia 26 de abril deste ano. Juliana, mãe da criança, confirmou a informação ao PORTAL GERAIS nesta terça-feira (2/7) e afirmou “não acreditar”.
Conforme a família, o material do exame foi colhido no dia da morte da menina. A mãe informou desconhecer qualquer procedimento realizado na data e disse que só ficou sabendo deste resultado na tarde desta segunda-feira (1/7).
Ainda conforme Juliana, a vice-prefeita Janete Aparecida (Avante) a procurou na semana passada para uma reunião na prefeitura. Contudo, ela se recusou a ir e pediu que a vice-prefeita entrasse em contato com o advogado, Eduardo Augusto.
A família ainda aguarda a decisão da justiça sobre o pedido de exumação do corpo para identificar, de fato, a causa da morte. Para Juliana, ainda há muitas dúvidas e ela tem dúvidas sobre se Thallya realmente morreu por chikungunya.
“Lá eles falaram que ela tinha pegado uma bactéria, depois que teve uma crise convulsiva, depois que ela tinha problema respiratório, depois que morreu de parada cardiorrespiratória, e agora chikungunya. Como a gente fica? Cada dia é uma coisa pior. Por isso, queremos esperar a exumação”, disse a mãe.
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Erro médico descartado
A sindicância que apurou as circunstância da morte de Thallya Beatriz concluiu que não houve erro médico e nem negligência no atendimento. Após análise do histórico dos atendimentos, a comissão concluiu que os profissionais médicos que atenderam a menina “se valeram de todos os meios disponíveis naquela unidade para elucidação dos sintomas relatados”.
Dores nas pernas
A menina esteve duas vezes na UPA, em todas elas apresentando dores intensas na perna e olhos inchados. Na primeira, no dia 24 de abril, conforme a mãe, a médica só pediu exames após insistência dela.
Embora a médica tenha dito que os exames não apresentaram alterações, ela receitou três medicamentos para a criança: desloratadina, dipirona e amoxilina.
Os sintomas da criança continuaram. Assim, a família voltou a procurar a UPA no dia 26 de abril. Lá, Thallya passou pela triagem, sendo classificada como “amarela” pelo protocolo de Manchester. Ou seja, indicando uma condição de urgência, podendo aguardar até uma hora pelo atendimento.
No entanto, ao sair da sala de triagem, cerca de 15 minutos depois, Thallya entrou em parada cardiorrespiratória e morreu, conforme relatado pela mãe.