A dupla foi apresentada nesta quarta (06) (Foto: Willian de Pádua/GRNEWS)

A morte de um adolescente, de 14 anos, em Água Limpa, comunidade rural de São Gonçalo do Pará teve um novo desfecho. A Polícia Civil apresentou, nesta quarta-feira (06), dois suspeitos de participarem do crime. Os jovens de 19 e 21 anos entraram em contradição quando foram ouvidos. Nesta terça-feira (05) eles confessaram ter matado o garoto com um tiro acidental.

O crime aconteceu no dia 23 de junho. Inicialmente, Mateus Henrique dos Santos, 19 anos, e Tulio Santos, 21 anos, alegaram que estavam na comunidade rural, em uma caminhonete, quando foram abordados por dois homens em uma moto. Eles teriam anunciado o assalto e os suspeitos de 19 e 21 anos descido do veículo. Já João Vitor de Castro Lopes teria demorado para descer, foi quando o assaltante teria atirado e fugido sentido São José dos Salgados.

Os suspeitos socorreram o garoto e o levaram para o Hospital São João de Deus, mas ele morreu antes de chegar na unidade.

Indícios

A dupla foi apresentada nesta quarta (06) (Foto:  Willian de Pádua/GRNEWS)

A dupla foi apresentada nesta quarta (06) (Foto: Willian de Pádua/Portal GRNEWS)

Um dos fatos que chamou a atenção da polícia foi o local do assalto, além dos bandidos não terem levado o veículo. Quando os jovens foram ouvidos eles também entraram em contradições. Os dois foram levados separados até o local do crime. Quando os policias pediram para mostrarem o local exato da abordagem do veículo e do tiro eles apontaram pontos diferentes.

Com as contradições eles acabaram confessando o tiro acidental. A dupla contou que estava tentando pegar um porco que seria levado para a casa de um deles, em Divinópolis, quando a arma disparou. Tulio era o proprietário da garrucha. Ele passou ela para Mateus e disse que se o animal avançasse era para atirar. Durante a confusão houve o disparo que acertou o peito de João Vitor. A arma não possui registro.

Ambos têm passagens pela polícia, um por receptação e o outro por roubo, segundo a Polícia Civil. A prisão preventiva foi solicitada pela delegada responsável pelo caso e os jovens foram levados para a penitenciária de Pará de Minas.