O deputado estadual reeleito, Fabiano Tolentino (PPS) usou a tribuna da Câmara de Divinópolis, nesta quinta-feira (30), para agradecer os votos recebidos. De quebra, defendeu o voto distrital e regional como um dos itens a serem discutidos na reforma política, além do fim da reeleição para mandatos majoritários e o limite de três para ocupantes de cadeiras nos legislativos.
O voto distrital ou regional predominou no discurso do parlamentar que diz já ter o adotado como estratégia de campanha e trabalho. Para Tolentino, é mais fácil se dedicar regionalmente aos municípios. Ele cita que 95% dos votos recebidos foram num raio de 200 quilômetros de Divinópolis, o possibilitando a estar presente nestas cidades e a se aproximar dos eleitores.
“A minha campanha já fiz com base para discutir o voto distrital […] Quero mostrar o quanto fazer uma campanha regional é melhor, é mais barata, não precisa pegar avião, helicóptero”, comentou.
Tolentino ainda destacou que a limitação de três mandatos para vereadores, deputados estaduais e federais também impede que políticos façam carreira nas casas legislativas. Disse ainda que estimula, por exemplo, um deputado federal a ser vereador ou vice-versa.
“Fiquei dois anos como vereador, estou a quatro como deputado, vou ficar mais quatro, mas provavelmente devo querer outro desafio, pode ser daqui a dois anos? Pode. Pode ser daqui quatro anos? Pode”, destacou, sem descartar a possibilidade de ser candidato a prefeito em 2016.
“É muito cedo para fazer uma reflexão […] Mas, estou no PPS que é um partido que vai querer ter um nome, nós temos no quadro do partido ótimos nomes, vamos buscar outros, mas não podemos, no momento deste, descartar, porque é o sonho que qualquer pessoa ser o prefeito de sua cidade. Claro que tem o seu momento”.
Alfinetando
O deputado ainda aproveitou para alfinetar adversários. Disse que muitos candidatos trocaram a campanha propositiva por ofensiva e destrutiva.
“Teve candidatos a deputados que saíram na rua, ao invés de falar de projeto, denegrindo a imagem dos adversários, o que é muito ruim, pois se formos ver a votação que eles tiveram não adiantou isso”, destacou, sem citar nomes.
Sobre a posição que assumirá na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), ele antecipou que deverá compor um bloco independente. Para ser instituído e oficializado é necessária a assinatura de pelo menos 16 deputados. A expectativa é de que consigam o apoio de 18 para o próximo ano. Hoje a assembleia conta com o de situação e oposição.
Tolentino ocupou ao longo dos últimos quatro anos a base da situação. A partir de janeiro o papel inverte e os parlamentares antes de oposição passam a apoiar o governo de Fernando Pimentel (PT) e quem era da situação assume o papel de oposição.