Eles alegam mais demora em casos de falta de energia, prejuízos a produtores rurais

Um grupo de trabalhadores da Cemig realizou um ato, na manhã desta quinta-feira (17), em Divinópolis, contra a ameaça de fechamento de localidades. Ao PORTAL CENTRO-OESTE, o diretor administrativo do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG) disse que as mobilizações ocorreram em todo o Estado.

A gestão da Cemig já propôs fechar todas as localidades por duas vezes. Na época, o sindicato problematizou as consequências e conseguiu reverter essas medidas. Agora, um novo anúncio de fechamento das localidades volta a ser tema de preocupação para os trabalhadores e sindicato.

Segundo o Sindieletro, o atual governo precisa entender sobre a importância estratégica das localidades para o Estado.

“O fim das localidades aumenta o tempo de indisponibilidade de energia elétrica para seus consumidores, impondo maior distância no deslocamento dos eletricistas, e assim, demora na manutenção da rede e o restabelecimento de energia”, argumenta, citando prejuízos para produtores rurais.

Perigo

Ainda segundo as argumentações, com a demora da manutenção a população fica exposta por mais tempo a risco, por exemplo de choque elétrico, onde vier a ocorrer o rompimento do cabo.

A transferência das localidades para cidades pólos aumentaria em mais de 200km o percurso até os municípios mais distantes a serem atendidos.

“A demora do restabelecimento impacta também no DEC, medido pela Agência Nacional Reguladora – ANEEL, quanto ao tempo de indisponibilidade de energia elétrica aos consumidores. Lembrando: o não cumprimento da meta da ANEEL, por dois anos consecutivos, resulta na perda da concessão com venda direta da distribuidora ao mercado”.