Márcia começou trabalhando no lixão (Foto: Divulgação/PMI)

Márcia começou trabalhando no lixão (Foto: Divulgação/PMI)

Há quinze anos trabalhando na esteira da COOPERT, Márcia Rodrigues Duarte carrega consigo uma história de superação e vitória. Tudo começou em 1999 quando por motivos de necessidade ela foi trabalhar no lixão para tentar a vida junto a irmã e um grupo de pais de família e ali viu a oportunidade de crescimento que muitas pessoas não vem. Parte de um grupo que também trabalhava no lixão propôs a reativação da usina de lixo para meios recicláveis e de separação de resíduos. E o que a princípio era um desafio se tornou a realização de um sonho para aqueles trabalhadores.

 

Como quase todo começo, Márcia conta que esse também não foi fácil. No princípio dos trabalhos não havia coleta seletiva e o contato com resíduos orgânicos era maior. Com o tempo o município adotou a coleta o que facilitou e melhorou a qualidade de serviço dos cooperados e atualmente é exemplo para o país.

 

Hoje ela trabalha na área administrativa, o que não a fez deixar a triagem de lado, por um motivo que considera bem simples, foi na esteira separando lixo que aprendeu a dar valor em suas conquistas.

 

“Me sinto vitoriosa por ter chegado onde estou. Foi um caminho difícil de percorrer e a luta continua, mas me sinto parte de algo grande e que faz bem para a população. Muitos não enxergam e não valorizam o que fazemos, mas o que vemos aqui é a oportunidade de ajudar o mundo com um ato simples, por a mão no lixo e reaproveitar”, disse Márcia.

 

Além de levar a consciência da importância da reciclagem e separação correta do lixo para casa, a cooperada também passa seus ensinamentos para a família e vizinhos. Ela vê nessa ação a oportunidade de criar melhores relações com as pessoas e assim preservar o meio ambiente.

 

“Me sinto feliz de poder ajudar e contribuir com algo no mundo. Estou aqui nesse mundo e posso ajudar com minhas ações. Acho importante repassar aos outros o que aprendo com o lixo no meu dia a dia. Ações mínimas como separar o orgânico do reciclável faz grande diferença”, finalizou.