Poliany Mota

 

Cerca de 500 pessoas são atendidas por dia no Pronto-Socorro (Foto: Poliany Mota)

Cerca de 500 pessoas são atendidas por dia no Pronto-Socorro (Foto: Poliany Mota)

Uma Audiência Pública está marcada para a próxima segunda-feira (17), com o objetivo de debater a saúde pública em Divinópolis. A sessão foi solicitada pelo presidente da Comissão de Saúde, Edmilson Andrade (PT), para atender ao pedido do Delegado do Conselho Regional de Medicina – CRM, de Divinópolis e Região, Dr. Jorge Geraldo Tarabal Abdala.

 

“Eu chamei essa audiência para que possa ser tomada uma posição mais séria a respeito da saúde. Sou funcionário público há 28 anos, e vivencio graves problemas relacionados ao atendimento da UPA Central [Pronto-Socorro]. A ineficiência dos outros pontos de saúde resulta na sobrecarga da unidade. Atendemos até casos de dor de cabeça. Por dia, chegam a ser atendidas 500 pessoas. Tudo isso é decorrente de uma má gestão, voltada para a própria política”, justificou Dr. Jorge Tarabal.

 

O médico também contou que a reunião servirá para discutir a mudança da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para o Ponte Funda. “Estão transferindo a UPA sem a população saber. Como estas pessoas vão se deslocar? No Centro é mais fácil a locomoção dos pacientes. Imagina a dificuldade da pessoa que mora em Ermida, ou no Cacoco, por exemplo. Se for um caso mais grave o paciente pode vir a falecer durante o percurso”, comentou.

 

O evento, que é aberto à população, será realizado na Câmara, às 18 horas. Segundo Andrade, além da UPA, serão discutidas as políticas de funcionamento, dos hospitais e programas de atenção a saúde da família, os PSFs.

 

“O objetivo é trabalhar a prevenção e a promoção da saúde, através da educação. A UPA vai estar sempre lotada se a gente não mantiver ações de conscientização com a população”, comentou o presidente da comissão de saúde.

 

Convidados 

 

A Audiência contará com a presença de 15 autoridades, dentre elas, o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB); o promotor Ubiratan Domingues; o secretário de municipal de saúde Davi Maia, o diretor técnico da UPA Marco Aurélio Lobão; o diretor técnico do Hospital São João de Deus; o presidente do Movimento Popular de Saúde de Divinópolis (MovSaude) Léo Santos; e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) João Madeira.

 

Para o presidente do MovSaude, Léo Santos, ainda falta ser apresentada uma pauta mais definida sobre o que será discutido de fato na reunião. “Acho que é preciso definir o que esperar dessa audiência. É preciso estabelecer metas, além de dar voz a comunidade para que ela conte suas dificuldades no setor da saúde”.

 

Pauta

 

Léo Santos disse ainda que na ocasião questionará se a UPA Central será realmente transferida para a região sul da cidade, e qual é o projeto a respeito dessa mudança. “Temos que cobrar também a atenção com o serviço de atenção primária. Para termos um serviço de qualidade nos hospitais, é necessário investir na base”, concluiu.