Semusa afirma que situação não é de pânico, mas pede atenção da população; Medidas de prevenção devem ser adotadas

A coordenadora de Vigilância em Saúde, Janice Soares afirmou que é inevitável que o coronavírus não se alastre e ocorra a transmissão local, em Divinópolis. A declaração foi dada durante a coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (09). Ela destacou que não é necessário pânico, entretanto afirmou que a população deve ficar em alerta já que o vírus circular no país e na cidade.

Janice acredita que as transmissões devem ocorrer, principalmente, no período do outono/inverno. Segundo ela, o vírus se alastrou pela Europa nestas estações. A afirmação ocorreu, após ser questionada sobre os ataques nas redes sociais sofridos pela paciente, de 47 anos, que teve a doença confirmada.

“O vírus está circulando no nosso país, não é por causa dela (paciente confirmada). É inevitável que o vírus vai se alastrar. Ele se transmite da mesma forma que uma influenza, que o H1N1, ele vai ser transmitido agora no período de outono/inverno”, projeta.

Alguns internautas questionaram a viajem da paciente para a Itália em um período de aumento dos casos da doença pelo mundo.

Letalidade baixa

A letalidade do vírus é de aproximadamente 2%, ou seja, considerada baixa. Entretanto, segundo a coordenadora, alguns grupos precisam de atenção.

“A gente sabe que é um vírus com letalidade muito baixa, mas os idosos tem um risco maior de agravar. As pessoas que apresentarem o sintoma, devem procurar o serviço de saúde”, afirmou.

Plano de contingência

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) está seguindo o plano de contingência elaborado em janeiro em parceria com a Superintendência Regional de Saúde. A cidade foi a primeira no Estado a adotar o protocolo. O hospital referência é o Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte.

“Efetuamos a compra de equipamento de proteção individual e fizemos orientações para os profissionais da rede para estarem preparados a reconhecerem e encaminhar, dentro do protocolo, os pacientes suspeitos”, comenta o secretário da pasta, Amarildo de Souza.

Os pacientes que apresentarem sintomas da doença, mesmo aqueles que não estiveram em outro país ou contato com quem esteve, deve procurar uma das unidades de saúde do município, caso a situação se agrave.

A orientação da Semusa é para que a população previna lavando as mãos com sabão, usando álcool em gel e evitando lugares aglomerados.

O caso

Ao todo, a cidade tem cinco casos em investigação e um confirmado. Três aparecem no sistema da Ses. Esses três pacientes, segundo a Semusa, já foram liberados, pois o período de transmissão já passou. Eles aguardam apenas o resultado do exame.

Outro caso é o da passageira mencionado acima. Além dele, há outro paciente que procurou a Vigilância em Saúde no sábado (07). Ele também esteve no exterior e apresentou sintomas da doença. O paciente está de quarentena.

Já a paciente que teve o caso confirmado, tem 47 anos, e está em isolamento domiciliar. O marido e os dois filhos também estão.