George Bernard Shaw diz que “é impossível progredir sem mudanças”. Concordo com ele. Precisamos experimentar outras coisas e não ficarmos presos apenas numa regra, sem se deixar “perder na rotina”. Devemos estar inovando a cada instante, seja na comida que comemos, no que fazemos nos tempos livres, nos gêneros textuais que lemos e escrevemos. Pensando assim, decidi escrever, nesta semana, um gênero textual diferente. Escrevi um cordel.

Ana Amélia Vieira

Durante uma aula de português, minha professora pediu que escrevêssemos um cordel. Já nos primeiros versos da história que criei, me apaixonei perdidamente por esse universo, e desde então, não parei de “brincar de rimar”. Por isso, essa semana decidi inovar. E fazer com que meus leitores viajem pelo mundo das rimas.

Para quem não conhece, um cordel é um gênero literário popular, escrito em rimas. Nele se encontra uma linguagem simples, porém faz parte de uma cultura riquíssima do sertão nordestino, que deixou de ser uma tradição apenas dos nordestinos, se espalhando por todo o Brasil e também pelo mundo

Eis aqui o meu cordel: 

Um cordel, uma paixão: Berenice e Sebastião

Olá, caro leitor,cordel

Uma história vou lhe contar

De dois jovens sonhadores

Você vai me ouvir falar.

Com um cordel de amor

Você vai se emocionar.

 

No nordeste tem a seca

Que afeta a plantação.

No meio da seca nasceu

Uma história de paixão

De dois jovens nordestinos

Berenice e Sebastião.

 

No meio de uma praça

Os dois se encontraram.

Trocaram alguns olhares

E assim se apaixonaram.

Enviaram algumas cartas

Nunca mais se separaram

 

No sol de uma tarde

Na sorveteria Glacial

Tiveram uma briga feia,

A primeira do casal,

Mas o amor foi maior.

Ele era essencial

 

O casamento foi marcado.

A data esperada.

Um dia tão sonhado

Enfim havia chegado.

No sertão nordestino

Tudo era comentado.

 

Com a benção de Padre Cícero

O amor se concretizou.

Os anos se passaram

E a paixão não se acabou.

Se é o que você está pensando

A história não se acabou.

 

Berenice e Sebastião

Bem velhinhos hoje estão.

Seus filhos já se casaram

E os netos logo virão.

Vivem uma vida tranquila

Com muito amor e paixão.