Convenção Partidária PSC


Ademir Silva sugere sindicância para identificar famílias que realmente precisam dos imóveis e fala em aluguel social

Cerca de 239 famílias de Divinópolis vivem com medo de serem despejadas desde a ação ajuizada pelo Ministério Público Federal contra a Caixa Econômica Federal (CEF) para retomada dos imóveis ocupados de forma irregular.
Eles estão localizados em dois residenciais do Minha Casa Minha Vida. O receio ganhou voz na reunião, desta terça-feira (19/10), da câmara através dos vereadores.

As famílias estão divididas entre os residenciais Copacabana e Elizabeth Nogueira. A ação foi baseada no levantamento realizado pela Secretaria de Assistência Social entre fevereiro e maio desde ano.

Entre as irregularidades foram detectadas casas desocupadas, alugadas ou vendidas, com moradores diversos dos beneficiários originais e até imóveis demolidos.

A ação do MPF pede que a CEF providencie a retomada dos imóveis e que seja feita uma nova distribuição. Famílias que, atualmente moram nas casas, temem serem despejadas mesmo atendendo a critérios do programa.
A preocupação foi externada pelo vereador Ademir Silva (MDB).

“Se essas pessoas forem despejadas dos seus imóveis, qual será a ação do governo municipal? Tem local para levar elas ou vai joga-las nas ruas?”, indagou.

Silva diz defender quem “realmente precisa”.

“Será que o município pagará aluguel social para as pessoas que precisam?”, questionou sugerindo uma sindicância pela Secretaria de Assistência Social.

“Lá eles podem comprovar quem precisa e quem não precisa. Estou aqui defendendo as pessoas que precisam e com certeza as que mais precisam serão aquelas que não terão condições nem de fazer um financiamento da caixa, porque não deu conta de pagar uma continha lá no Magazine Luiza e está com o nome sujo”, comentou.

Crítico a atual gestão, cobrou respostas.

“Prometer gestão de fora para dentro, fazer cumprir essas promessas é um desafio. Onde estão as antenas de celular, onde está o funcionamento da ETE do Copacabana?”, cobrou.

“A vereadora Janete cobrava isso todo dia, virou vice-prefeita: deixa destruir”, completou e finalizou: “Já estamos cansados de jogar para a galera e fazer o povo de bobo. Queremos que se cumpre o que está prometendo”.

O vereador Zé Brás (PV) leu um trecho da Constituição Federal defendendo a união de forças.

“São diretos sociais a educação, a saúde, alimentação, o trabalho, a moradia. Precisamos desse olhar crítico, humanístico da população, principalmente de Divinópolis que enfrenta este problema. O momento não é de discussão, mas de unir forças ao Executivo, a Assistência Social”, defendeu.

Reunião

Uma reunião foi realizada com a superintendência da Caixa Econômica Federal para tentar encontrar uma solução. Encabeçada pelo deputado federal Domingos Sávio (PSDB), também participaram o prefeito Gleidson Azevedo, a vice e o presidente da câmara, Eduardo Print Jr. (PSDB). 

“Sai com a missão de conversar em Brasília no Ministério do Desenvolvimento Regional para que a CEF possa cumprir o papel dela, para verificar o que precisa ser corrigido, para que tenhamos condição de fazer a legalização de cada família que tenha direito, que esteja enquadrada dentro o Minha Casa Minha Vida”, disse o deputado.

A vice-prefeita usou a palavra “justo” para explicar as mobilizações sem se comprometer.

“A preocupação nossa é fazer o que é justo dentro da legalidade. Você que está nesta situação saiba que estamos aqui tentando resolver o problema, não estamos prometendo nada, mas com certeza fazendo o caminho correto”.