Os dois deputados se manifestaram publicamente sobre o assunto na segunda-feira (20)
Portal Centro-Oeste
Os partidos aliados ao governo deram 80,3% de seus votos a favor do decreto (íntegra) que possibilita a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. Dentre os presentes, a taxa chegou a 98%. O texto foi aprovado pela Câmara nesta terça-feira (20) e agora seguirá para o Senado.
O deputado federal, Domingos Sávio (PSDB) como já havia antecipado votou a favor do decreto. Nesta segunda-feira (19) ele havia divulgado um vídeo se posicionando, dizendo ser a favor, porém tratando a medida como emergencial. Ele ainda defendeu investimentos em segurança pública.
“É necessário porque não dá para assistir o povo do Rio sendo vítima de tanta violência, refém dos bandidos, de uma guerra insana, matando crianças, inocentes a cada minuto. Não resolve porque não é só no Rio. O problema é estrutural. Não há financiamento adequado. O governo federal investe menos de 1% de tudo que arrecada em segurança pública”, alegou e acrescentou: “Isso deixa os Estados de todo o Brasil em condição de miséria, sem condições de combate ao crime”, afirmou citando a proposta de emenda a constituição protocolada por ele prevendo 5% do total da receita da União para o setor.
Presença
A presença dos parlamentares também chamou a atenção: 82% participaram da decisão, número considerado alto. O governo temia dificuldade em atingir o quorum para votação, por tratar-se de uma 2ª feira.
Dentre os ausentes estava o deputado federal, Jaime Martins (PSD). O deputado não participou da votação. Ele estava com um voo marcado, mas por causa de uma reunião em Belo Horizonte, ficou preso na capital. Ele foi pra Brasilia no primeiro voo desta terça-feira (21).
Na segunda-feira (19) o parlamentar tinha demonstrado preocupação, principalmente com o risco de migração de bandidos para Minas Gerais.
“Trata-se de uma ação emergencial, mas com resultados específicos para aquele estado e não para todo o país. Esta é uma medida que começa a ser votada hoje (19.02) no Congresso. A possível migração de bandidos para Minas Gerais, para nossas cidades, ameaçando a segurança das nossas famílias e aterrorizando a população, precisa ser pensada e debatida com a seriedade que o tema exige”, argumentou.